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Sertânia
É a terra de Mestres da Poesia como Ulysses Lins... -
Sapecas
Tem realizado projetos, eventos e ações inúmeras... -
Jornal
O Jornal de Poesia Cabeça de Rato circula nas escolas e nos meio cultural local... -
Casa dos Poetas
Raiz de Poesia e Resistência. -
Gastronomia
Conheça o Cardápio cordelizado do Sertão do Moxotó
Josessandro 
Terra das Letras
A cidade é considerada a "Terra das Letras", não só pelo destaque em leitura, mas também por sua vasta e impressionante produção literária, que é reconhecidamente relevante. Com premiações a nível nacional e no estado, os escritores sertanienses brilham no conto, no romance...Fotos de Eventos

“No Sertão do Moxotó avistei uma cidade, suas ruas, suas praça exalavam poesia. Nas minhas batidas de pernas pelo mundo afora, Sertânia me impressionou pela sua representatividade em se falando de cultura popular. Pequena em território mas grande em poesia, viva Sertânia!! “Antonio Andrade Leal (Professor Universitário, pesquisador- Vitória da Conquista-BA)
Casa do Ancião,Localizada no Alto da Saudade instituição que abriga idosos, encontramos um espaço poético, com um Poema de Pinto do Monteiro (que por muito residiu em Sertânia, onde era reverenciado e considerado) em homenagem a Gerda Jacobs, benfeitora da Casa e “Nassau do Sertão”, um cordel de autoria de Josessandro Andrade, que narra a vida e a obra do Padre Holandês Cristiano Jacobs, irmão de Gerda radicado em Sertânia, há mais de 50 anos. Este cordel acabou virando roteiro para um documentário homônimo dirigido por Guilherme Araujo, jovem índio da etnia Xucuru. Ambos os poemas estão gravados em placa de bronze e expostos na entrada, em sinal de orgulho.
Mural da Prefeitura de Sertânia, na Praça João Vale,Centro da cidade, abriga um painel em cerâmica do Pintor Marcos Cordeiro,de 1975, com um poema de sua autoria entitulado “Ode à Sertânia, que assim como o painel narra as raízes da cidade e de seu povo.
CORDEIRO’S BAR ,na Rua Carlos José de Sá temos , um mural pintado em 1998, pelo artista plástico e poeta Mauricio Floriano, ilustrando o poema “Só Para os olhos” do Mestre da Poesia Waldemar Cordeiro.
Casa dos Poetas um bar de José Belo(Zé Mago) localizado na Rua das Tabocas, que expõe a produção poética de Sertânia, abriga a sede da SAPECAS-Sociedade dos Poetas , Escritores e Compositores de Sertânia, que ali promove recitais de poetas locais e regionais e serve as delícias da cozinha moxotesca: Sarapatel de bode, galinha de capoeira com arroz de leite, maxixe com bacalhau, peixe frito e carne de porco assada e guisada.
Por José Lessa
Luiz Wilson é pernambucano da Região
do Moxotó, no sertão pernambucano, e amigo de Messias Lima, que me presenteou
com este CD comemorativo aos seus 30 anos de Carreira.
Luiz Wilson, que além de ser
cantor de forró há mais de 25 anos, com 12 álbuns lançados, é também
cordelista, autor de diversos folhetos de literatura de cordel e apresentador
dos programas Pintando o Sete e Violas e Repentistas, ainda encontra tempo para
realizar palestras motivacionais em empresas.
Além de Cantor, compositor e
cordelista Luiz Wilson apresenta o Programa Pintando o Sete que é líder de
audiência e é apresentado todos os domingos pela Rádio Imprensa. Não só como
radialista, mais em toda a sua carreira musical tem como principal compromisso
o forró e a defesa das mais puras tradições das raízes nordestina.
Luiz Wilson, chegou a São Paulo
em 1979 e hoje, comemora, revivendo 30 anos de carreira, um motivo de orgulho
para qualquer forrozeiro, pois 30 anos alegrando o povo não é coisa fácil, poucos
são os que conseguem fazer tal feito. No presente CD Luiz Wilson canta a
composição Um Simples Forrozeiro, em parceria Duval Brito, que deveria se
chamar Sou um grande Forrozeiro, pois isto é o que ele realmente é, pelo muito
que tem feito durante esses 30 anos do forró. Espero que continue, durante
muitos anos, a nos brindar com belas composições, como sempre tem feito.
Sinceramente de gostei muito de “Amor de Verdade” que cantar o amor em seu verdadeiro termo, o afeto o carinho o respeito a dignidade ao ser humano e apenas dando a garantia de ser apenas bom amante e parceiro constante no dia. O seu mundo é o sertão, pois mais distante que esteja como é em “O Mestre do Moroto” que canta sua terra e sua gente. Outra faixa que merece ser ouvida é o repente “A Festa da Baraúna” um repente composto por Gato Novo que mostra a força da poesia nordestina.
Infelizmente não tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, pois quando este em minha residência estava fazendo fisioterapia, mas com certeza ainda nos encontraremos pessoalmente, pois diariamente sempre nos encontramos em defesa do forró, quando digo forro, estou falando no forró de Gonzagão, Gerson Filho, Jackson do Pandeiro e todos que escreveram esta linda pagina da música brasileira.
Parabéns
LUIZ WILSON -O FORROZEIRO POETA
Por Josessandro Andrade
Luiz Wilson completa 30 anos de
carreira lançando o cd “Revivendo nos
trinta” fazendo um disco comemorativo
que celebra toda esta versatilidade de sua personalidade artística: Cantor,
compositor, poeta, cordelista, apresentador, palestrante, escritor.
Ao longo das 14 faixas , Luiz Wilson mostra o seu talento autoral , inclusive em
parcerias e o seu talento como intérprete. Na primeira faixa , o Baião “Um
simples forrozeiro”, DE Luiz Wilson e Duval Brito, revelam a sua essência de humildade e seu compromisso com sua origem de
nordestino do Sertão:
“Só um simples forrozeiro / das terras do Moxotó/ eu estou
comemorando trinta anos de forró/...” Não ganhei disco de ouro/ nem maior
revelação/mas estou realizado/ vou cumprindo a missão/ Divulgando o meu
Nordeste preservando a tradição/ defendendo a Bandeira deixada por Gonzagão/ o
Forró está escrito / na palma da minha mão...”
“Amor de verdade” , outra
composição a quatro mãos dos primos Duval e Luiz, um forró de ritmo gostoso,
que invoca a sensualidade, a gentileza e a cumplicidade
do querer bem.
“Eu vi”, (Luiz Wilson/ Duval
Brito) é um xote, com estrutura de
versificação semelhante aos cocos de embolada, que faz retrospectiva histórica da vida econômica
e social do pais, os passando a limpo a eleição e morte de Tancredo, os planos
econômicos, até tratar de problemas da vida nas grandes cidades e questões da
vida moderna como Bullyng, pedofilia e prostituição infantil na internet, e o
processo de descaracterização da identidade cultural do Pais:
Via as famílias
perdendo os seu valores
Vi disputa de pastores
Brigas por religião
Vi contratante
De estado e prefeitura
Usar verbas da cultura
Para banalização
A tampa e a panela –Luiz wilson ,
de Fatel Barbosa e Luiz, é um dos carros-chefes do CD, destacando toda a força
lírica de românticos que se complentam, de modo critativo, com uma linguagem
tipicamente nordestina.
Nascido no Sítio Recanto
Verde, Município de Sertânia, do qual se orgulha e fala sempre por onde passa,
Luiz todo ano quando vem passar suas férias neste seu lugar de origem, na
véspera da viagem de volta para São Paulo SP, realiza o “Recanto do Verso”,
festa de muita poesia e música, com apresentação de cantores, sanfoneiros,
cantadores de viola repentista, cordelistas e aboiadores, regada a muita comida
e bebida tipicamente sertanejas. Esta festa é Destacada na gravação do Poema
de autoria do Cantador repentista e cordelista Genival Pereira,(Gato Novo) “Á
Sombra da baraúna” , e o Arrastapé “Vamos
pro Recanto Verde”.
Ainda nos Tributos, temos “Profissão
de Vaqueiro”, que comemora a regulamentação da profissional de vaqueiro pelo
Congresso Nacional, que teve como relator, um outro Luiz sertaniense, o
deputado federal Gonzaga Patriota, também da zona rural, pertinho Do Recanto de
Luiz, lá em Pinto Ribeiro, povoado do Distrito Henrique Dias.
A gratidão a família mostra a largueza de espírito do artista e
poeta Luiz Wilson“Quando eu vim m’ imbora”, é um tributo a sua mãe , Dona
Elvira Vasconcelos, um doce de pessoa que tive o prazer de conhecer. “Sempre
meu herói” é uma homenagem ao seu pai Juca Leite, agricultor e criador, por
cujo sangue nos ligamos o parentesco pelos “Leite”. “Obrigado Jesus”, é um louvor religioso, que
Luiz Compôs para seus filhos evangélicos que são. “Tia Fulô”, é dedicada a sua
tia Floriza, que o acolheu, quando saiu de Sertânia para Paulo Afonso -BA para
concluir o Ensino Médio.
“Mestres do Moxotó”, é um baião dos Josessandro Andrade e Duval Brito (Primos
entre si e primos de Luiz Wilson), que
resgata o Legado dos Mestres da Poesia do Sertão, os Sertanienses Ulysses Lins-“
O Trovador do Sertão”, Waldemar Cordeiro- O Gênio do Lirismo” e Alcides Lopes
de Siqueira- “O Menestrel do Sertão”, invocando ainda a Casa dos Poetas, espaço
da poesia na Região do Moxotó-Ipanema.
Além de cantar á viola no
intervalo de cantorias e empresariar artistas parceiros e promover cantorias de
repente, atuando também como apresentador, Luiz Wilson completa agora dez anos do seu programa de
Rádio “Pintando o Sete “, na Rádio Imprensa FM, que difundindo Forró pé de
serra, cantoria de viola, Toada e
literatura de cordel, é líder de audiência na Grande São Paulo SP. Há um ano trouxe também este projeto prá
perto de sua terra, estando “Pintando o Sete” , sendo apresentado na Rádio
Itapuama fm, também já líder de audiência na região Moxotó -Ipanema. Um
programa prá se ouvir com a família no almoço de domingo, prá se passar de
geração a geração, a cultura do sertão, o forró matuto e a arte de qualidade.
Como sempre é Luiz Wilson em tudo que faz.
Parabéns
Luiz Wilson – 30 Anos de Carreira
Laser Disc do Brasil – 2017
01. Um Simples Forrozeiro (Duval Brito – Luiz Wilson)Laser Disc do Brasil – 2017
02. Amor de Verdade (Luiz Wilson – Duval Brito)
03. Eu vi (Luiz Wilson – Duval Brito)
04. A Tampa e a Panela (Luiz Wilson – Fatel Barbosa)
05. Meu Compadre, em Vou Voltar (Luiz Wilson – Duval Brito)
06. A Profissão de Vaqueiro (Duval Brito – Luiz Wilson)
07. Cumplicidade (Luiz Wilson)
08. Quando eu Vim m’imbora (Luiz Wilson)
09. A Festa da Baraúna (Gato Novo)
10. Vamos Pro Recanto Verde (Duval Brito – Luiz Wilson)
11. Mestres do Moxotó (Josessandro Andrade – Duval Brito)
12. Saudade da Tia Fulô (Luiz Wilson)
13. Sempre Meu Herói (Luiz Wilson)
14. Obrigado Jesus (Luiz Wilson)a
GATO VELHO
Um dos mais conhecidos poetas populares de Sertânia, começou a cantar aos 28 anos de idade, quando tornou-se viúvo , trocando a agricultura pela viola. Cantou com os grandes nomes do repente como João Furiba, Firmo Batista, Jó Patriota, Lourival Batista, entre tantos outros, mas fez dupla mesmo como o maior de Todos Pinto do Monteiro, que por muitos anos residiu em Sertânia-PE.
Gato Velho cantou prá figuras ilustres como o senador do Paraná José Richa-ex governador, para o escritor Hermilo Borba Filho, numa Semana de Arte em Sertânia, juntamente com Pinto do Monteiro(foto) dono da Itapemirim Camilo Cola em sua residência em Cachoeira do Itapemirim, numa célebre viagem que fez ao estado do Espirito Santo, acompanhado do seu filho, o também cantador de Viola Genival Pereira(Gato Novo), Uma das suas grandes alegrias.ASA BRANCA DO CEARÁ
Asa Branca do Ceará, como passou a ser tratado desde muito cedo, nasceu como José Geovaldo Gondim em 29 de julho de 1941, na cidade de Maurití, Estado do Ceará. Filho da dedicada professora de Língua Portuguesa, religiosa fervorosa e poetisa Maria de Lourdes Gondim(Enfermeira no Hospital de Sertânia, logo após sua fundação) e do Repentista Joaquim Neco de Sousa (Asa Branca de Sousa), de quem herdou o codinome Asa Branca e o dom do improviso.
Viveu no Crato-CE, mas foi nas cidades de Sertânia e Monteiro, localizada no cariri paraibano que Asa Branca construiu sua carreira de artista da viola e do repente. Os primeiros versos datam de 1950, ou seja, quando tinha apenas 9 anos, tempo este em que já vendia cordéis na feira. As primeiras cantorias aconteceram por volta de 1956, quando contava com 15 anos.
Chegou a morar em São Paulo entre 1970 e 1984, porém nunca se adaptou à cidade grande e desta forma, voltou para Monteiro (PB). Ao longo da sua trajetória, seja lá no Sertão nordestino, seja em São Paulo, além de repentista e cordelista Asa Branca do Ceará teve inúmeras atividades tais como marceneiro, alfaiate, radialista e até artista de circo e sobre isso ele fala nesta sextilha:
Sou a mistura de artes
Como o pintor faz nas telas
Sou marceneiro, alfaiate
Amante das coisas belas
Tenho tantas profissões
Que me perco dentro delas
Asa Branca do Ceará destacava-se entre os demais repentistas pela beleza da rima e por seu aprofundamento nos temas e desta forma cantou com os grandes da época, como, por exemplo, Ivanildo Vila Nova, os irmãos Batista (Lourival, Dimas e Otácilio), Zé Faustino e finalmente com um dos maiores nomes da poesia popular nordestina, o lendário Pinto do Monteiro, a quem Asa Branca do Ceará consideraria seu segundo pai, dentro da poesia. É de Pinto do Monteiro esse verso feito numa cantoria, cujo tema tratado era a “saudade”:
Esta palavra saudade
Conheço desde criança
Saudade de amor ausente
Não é saudade (é lembrança)
Saudade só é saudade
Quando morre a esperança
Voltando a Asa Branca do Ceará, nestes anos todos (mais de 55 anos de viola) ele participou de palestras em Universidades e de dezenas de festivais de repente, muito comuns entre as décadas dos anos de 1970 e 1990.
Muitos dos seus trabalhos seguiram seus próprios caminhos, uma vez, que o poeta popular vive do improviso, falta-lhe a prática de manter arquivo e documentação de obras criadas. Alguma coisa fica na memória e a grande maioria nas mãos de quem os adquiriu.
Encontra-se em plena atividade criativa aos 75 anos e ainda mantém por quase 20 anos, dois programas de rádio sobre a cultura popular nordestina. Um deles, chamado Varandão da Fazenda, na cidade de Princesa Isabel (PB), na Rádio Princesa Isabel, 970 AM e o outro é a Viola e a Sanfona, na Rádio FM Imprensa de Monteiro (PB).
GENIVAL PEREIRA ( Gato Novo)
GENIVAL PEREIRA ( Gato Novo)
Genival Pereira, O Gato Novo, nasceu a 20 de outubro de 1950, filho do Cantador de viola e autor de folhetos de Cordel Antônio Samuel Pereira, conhecido por Gato Velho, e parceiro de Pinto do Monteiro, o Rei dos Cantadores, em memoráveis cantorias e de da dona de casa Josefa Pereira da Silva. Órfão de mãe em tenra idade, foi criado por familiares. Apesar de boa desenvoltura na escola, só pode estudar até a 4ª série, pois teve que trabalhar na agricultura. Rapaz ,ainda trabalhou em outras profissões ,entre as quais a de metalúrgico no Recife.
. Aos 25 anos abraçou a profissão do pai, sucedendo- o no ofício poético. Na companhia do seu genitor, como repentista relembra com orgulho de momentos especiais como quando cantaram no célebre aniversário de noventa anos do escritor e Mestre da poesia Ulysses Lins,o Trovador do Moxotó, na Fazenda Conceição, na presença também de outro Mestre da Poesia, Waldemar Cordeiro, o Gênio do Lirismo, ou na viagem que fizeram a Cachoeira de Itapemirim, no Espírito Santo, onde conheceram a Casa onde o Cantor e compositor Roberto Carlos nascera ,e, ainda , onde Cantaram na casa de Camilo Cola, dono da empresa de Ônibus Itapemirim, que agradou-se bastante da dupla formada por pai e filho.
Na sua trajetória de repentista andarilho participou de Festivais de Violeiros em Olinda, Palmares, Caruaru, Bezerros, Garanhuns, Arcoverde, Sertânia, Custódia, São José do Egito, Afogados da Ingazeira, Tuparetama, em Pernambuco, além de Sumé, Prata, Monteiro e Patos, na Paraíba. Também manteve programas de repente, nas Rádios Meridional (Garanhuns-PE), Difusora ( Caruaru-PE),Cultura (Palmares-PE), Moxotó AM (Sertânia-PE) e Cardeal (Arcoverde-PE). Cantou em bodegas, bares, feiras,mercados, em casa de famílias de Sítios ou fazendas, também em escolas públicas. Um poeta que sendo do povo, vai aonde o povo está. Empresta sua voz para cantar as dores e alegrias deste povo, para derramar seu pranto e espalhar seu riso, para celebrar as boas novas e os sentimentos nobres da gente simples do povo.
Fixou-se em Sertânia, cidade de poetas e escritores, terra de poetas da caneta, onde com seu grupo de parceiros de viola Zito Siqueira, Zilmo Siqueira, Sebastião Boca Rica, Zé Batista, Canário e os poetas Admastor Passos, Irasson Bezerra, Noé Alves, Fi de Deus, Nego e Seba Alves vem desenvolvendo um vasto trabalho, cultivando e divulgando a poesia popular em cantorias- pé- de parede, Festivais e apresentações em colégios e escolas. A as aproximação com os editores do jornal de Poesia Cabeça de Rato, levou não só a publicar seu poemas como também a abrir outros espaços, passando a ser presença obrigatória em eventos dos mais diversos como o FLIS- Festival Literário do Sertão e da SAPECAS- Sociedade dos Poeta, Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia, bem como servindo de tema para trabalhos de escolas e faculdades.
O seu lado autoral também o fez compositor inspirado de músicas em diversos ritmos como vaneirão, baião, xote, canções de viola e músicas religiosas. Artistas como Damião Silva e Romero Silva já gravaram diversos trabalhos seus. O registro de sua produção tem sido através da gravação do CD “Viola é cultura”, em parceria com o poeta José Bartolomeu e a publicação do Cordel “Enterro de cachaceiro”, considerado um clássico de sua obra, sendo inclusive declamado pelo Mestre Chico Pedrosa em recitais por ai afora. A qualidade de sua poesia despertou o interesse do cinema. Foi convidado e Participou do diversos filmes, entre os quais “Nassau do sertão”, de Guilherme Araujo, “A botija”, de André Ferreira e “Arabesco Nordestino”, de Wilson Freire. Recentemente o diretor Alemão Dirck, realizou o documentário “Poetas do Povo”, onde Gato Novo é uma das estrelas do filme ao lado do genial Chico Pedrosa, que vem sendo exibido em diversas partes do mundo.
Dei na Loba que Rômulo mamou nela
Esgotei as águas do rio Nilo
Fiz o mar acalmar ficar tranqüilo
Ajudei fazer Eva da costela
Fui na arca quebrei uma janela
E ali soltei todos animais
Implorei a meu Deus o pai dos pais
O dilúvio parou em um minuto
Fiz Noé passear no chão enxuto
O que é que me falta fazer mais
ZITO SIQUEIRA
Cantador de viola nascido em Monteiro-PB, Fixou-se em Sertânia-PE, Onde montou e negociou por muitos anos com um Comércio de queijos , carnes e doces. Sua Venda era ponto de encontro dos poetas da cidade: Waldemar Cordeiro, Gato Velho , Gato Novo, Irasson, Sebastião Boca Rica, Canário, Zé Batista, e vindo de Monteiro Asa Branca do Ceará e seu irmão Zilmo Siqueira.
Cantou muitas vezes a viola com Gato Velho , Pinto do Monteiro, João Furiba, Firmo Batista e outros grandes nomes do repente. Seus filhos Zito Jr. e Luciano Magno são poetas de caneta. Zito Jr. publicou em memória um pequeno livreto do poeta e O poeta José Medeiros escreveu um cordel biográfico sobre Zito Siqueira.
Viver em casa alheia
não acho ser vantajoso
se tá calado não presta
se conversa é mentiroso
se faz muito é enxerido
se faz pouco é preguiçoso
JOÃO LÍDIO
Nascido em Sertânia PE em 29 de agosto de 1990 residio em gravatá onde começou sua carreira poética em 2010 e passou a comandar programas de rádio. hoje em Caruaru fez parte do programa cantigas de viola na rádio jornal am ao lado de grandes poetas como Raimundo caetano Rogério meneses Raullino silva entre outros. Gravou cinco cds e tem participação em vários dvds de festivais pelo nordeste. Promovente de festivais e eventos em geral a exemplo do CIRCUITO DE CANTORIA DE PÉ DE PAREDE com os poetas IVANILDO VILA NOVA, LUCIANO LEONEL E ANTONIO LISBOA pelo governo do estado através do funcultura. O POETAS DO IMPROVISO em Gravatá sendo uma cantoria mensal. Atualmente mantem programas em Vitória de Santo Antão pela Cultural AM 1180 e em Taquaritinga pela Farol FM 90,5.
O SAL DAS LÁGRIMAS DEU GOSTO
AO MEU SORRISO FORÇADO
QUE POR MIM POR MUITAS VEZES
INSISTENTEMENTE USADO
TENTOU ESCONDER AS MÁGOAS
MAS NUNCA DEU RESULTADO
Alane Uilma
*Alane Uilma, 21 Anos de idade. De origem Paraibana, Poeta, Artesã, Que
mostra o amor e a finalidade da arte por todos os passos vivos dentre a terra!.
Cursou sua educação básica na EREMOB, onde sempre se destacou na leitura e na
poesia, recebendo elogios e estímulo dos professores , entre os quais, Antonio
Amaral e Gilberto Farias. Através do Professor Josessandro Andrade publicou em
2012 um livreto de poemas de sua autoria. É casada como também poeta e escritor
Marcus Feitosa, autor do Livro Verbo Vivo
Alane Uilma*
Quente a brasa que ama
Fogo que imagina você na cama
Se pudesse falar tudo que sinto
As idealizações que já fiz na mente
Aquele corpo não o perfeito
mas o ideal pra mim.
Aquele peito coberto de pelos
do qual volto a sonhar, imaginar
o tempo inteiro.
Aquele braço o qual abraço e
sinto o amor verdadeiro
Ah o sussurrar que me leva ao
alto
onde posso me sentir viva em ser
amada.
E os olhos em quais olhares te
desvendo por inteiro!
Não quero em ti a melhor roupa,
tua pele macia e perfumada á me
sacia
. Quero deitar em teus braços
, te namorar... Te morder... Te azunhar
e me despir aos teus olhos... Quentes as chamas,
doce ao mel e saboroso como quem
te chama.
Posso ser tua dama... Tua gata e
teu ideal....
Te levar café na cama te alimentar
e depois acabar com o vicio,
de prazer da mulher que só a ti ama!
Marcus Feitosa
Marcus Feitosa é poeta escritor tendo publicado em edição independente o seu livro de poemas Verbo Vivo. Sua poesia caracteriza-se pelo apego as formas tradicionais de estrofação e rima, mas com um ritmo próprio, dando aos seu poemas uma dicção interessante.
A mãe e o filho
-Dedicado a minha irmã Marta Feitosa e seu filho Simão Pedro-
A mãe tem que está próxima ao filho
Como a locomotiva imponente sobre o trilho
A mãe é o porto seguro da sua criança
O colo da mãe feito de calor, amor e esperança.
Mãe palavra tão linda que nem rima tem
É a coisa mais sagrada que o ser humano tem
E se perde a força e a vibração...
O individuo pode ter a certeza...
Que a sua mãe lhe daria seu próprio coração
Mãe e filho, mãe e filha, mãe e filhos...
Normalidade em doce harmonia
Feliz do filho que ainda tem a mãe...
Para lhe acalentar a cada fim do dia.
Marta Feitosa
.
Marta
Gomes Feitosa nasceu em Sertânia-PE, 1982. Estudou na Escola Olavo Bilac e é
funcionária dos Correios, em Monteiro-PB. Entre idas e vindas na escrita da
poesia, agora retoma a atividade com mais convicção de seu oficio de
poetisa.ura mais atenda
Uma
leitura mais atenta de seus poemas nos mostra a emocionante expressão poética
de uma alma comovida. Construção literária que alterna versos livres e
rimas, com apurada economia verbal , linguagem simples, porém permeada de
densidade.
Dupla face
Marta
Feitosa.
Hoje cedo deparei-me com
ela
provocante,excitante,bela
oposto mim, ela é extrovertida
sem se preocupar com a vida
Ela sempre vem me
visitar
ela sempre está a me perturbar
ela sempre rouba minha cena
ela está na sua forma mais plena
Ela rir sempre a toa
ela canta,grita,entoa
ela sempre se destaca
ela sempre contra ataca
ao contrário de mim
que sou tão tímida assim...
ao oposto do meu ser
ela sabe o que é viver
Ela anda ponta a ponta
e nuca se deu conta
que seu jeito é o meu
e que sempre ela sou eu
como dupla personalidade
pra falar a verdade
essa minha personagem
é minha própria imagem
talvez um lado oculto
ou tão somente um vulto
criador e criatura
num relance de loucura
Ela é o meu oposto
dupla face no meu rosto
então escolha a quem visa
personagem ou poetisa?
Blindar
Marta Feitosa.
Quero saber
se o coração posso blindar
pra não mais sofrer
pra não mais amar
se o coração posso blindar
pra não mais sofrer
pra não mais amar
Quero saber
se o coração posso blindar
pra não mais doer
pra não mais penar
se o coração posso blindar
pra não mais doer
pra não mais penar
Quero saber
se o coração posso blindar
pra não mais perder
pra não mais calar
se o coração posso blindar
pra não mais perder
pra não mais calar
Quero saber
se o coração posso blindar
pra não mais morrer
pra não mais chorar
se o coração posso blindar
pra não mais morrer
pra não mais chorar
Vi tão. ..amor
Marta Feitosa
Vi tão intenso
um amor imenso
se revelar
Vi tão profano
um amor insano
se acabar
vi tão profundo
um amor imundo
me maltratar
vi tão doente
um amor carente
se extinguir
vi tão fulgaz
um amor voraz
me iludir
vi tão bonito
um amor infinito
se destruir.
vi tão veloz
um amor algoz
me desmerecer
vi tão calado
um amor parado
me estremecer
vi tão escuro
um amor seguro
me fortalecer.
Amor?
Marta Feitosa
Por que ainda insisto em amor?
se creio que não existe
se no meu coração só tem dor
porque ele ainda insiste?
e sempre digo,ó coração
não acredito no que profetas
creio que esse tal amor é ilusão
não passa de invenção dos poetas
Se o verdadeiro amor existesse
por que tanto sofrimento ?
é como se a gente insistisse
em manter esse sentimento
Prefiro ser poetisa solitária
prefiro não receber flores
do que ser considerada otária
por pseudo amores.
Prefiro revelar amor
nesses versos escondidos
do que ter um falso calor
de algo sem sentido
Prefiro mais é hesitar
prefiro o papel branco
do que outra vez amar
e sobre mim cair barrancos
não temo à noite escura
nem tenho mais agonia
prefiro,na boca a secura
do que tomarem minha alegria
prefiro o fechamento
prefiro que ele não exista
do que ter um sentimento
estampado em minha vista
Preciso lembrar
que o destino me quer só
prefiro não amar
que ver meu meu pó
Prefiro não me apegar
prefiro tudo casual
que não chegue machucar
que seja mesmo algo banal.
Sou mais um louco
dentre muitos, pouco
oscilo entre lucidez e loucura
sem remédio, sem cura
Sou apenas um sem juízo
que se vê no prejuízo
nas extremidades, nos pólos
procurando firmes solos
Um maluco a cada dia
misturando a euforia
com a morte e a tristeza
num minuto sem firmeza
num momento estou doente
em um outro estou contente
um relato bipolar
sem laudo comprovar.
um doido preso a um sonho
se nada mas eu proponho
acabo por ser só louco
dentre muitos, sou pouco.
Mal agouro
Marta Feitosa
Eu sou o olho cego de Lampião
sou a roda do carro-de-mão
eu sou o cabrunco do bode
sou comigo -ninguém -pode
eu sou o corte da peixeira
sou a ferida da bicheira
sou a vaca que morreu de sede
sou o defunto levado na rede
sou o agouro da rasga-mortalha
sou o sangue na navalha
o espinho do mandacaru
a carniça do urubu.
sou o motivo da intriga
do moleque,sou a lombriga
sou a dor do unheiro
sou o encontro do cobreiro.
Último adeus
Marta Feitosa
No dia sete de setembro
de dois mil e quinze o ano
me topei com o desengano
e o dia entristeceu
oito horas da manhã
quando meu pai faleceu
Era pra ser dia animado
dia da independência
mas naquele feriado
foi um dia de carência
dolorosa despedida
morria pai,o homem da minha vida.
Nos meus braços o homem se acabava
fazendo o que mais gostava
bem na hora da comida
findava-se aquela vida.
Começou a grande agonia
quando a morte invadiu
naquele tristonho dia
o meu pai sucumbiu
E ainda pra piorar
pra acabar de acertar
trucidar o coração me deram uma dolorosa missão :
Ir à casa funerária
escolher o seu caixão
É difícil entender
mais difícil é esquecer
naquela triste segunda-feira
não houve nenhuma maneira
de não ficar tudo obscuro
Aos sete de setembro se fora meu porto seguro.
Daiane Rocha
Daiane Rocha É de Sertânia-PE, onde estudou na EREMOB e é graduada em Jornalismo no Recife-PE, onde mora. Tem origens no Distrito de Algodões, com forte inclinação familiar para o mundo das letras, seu pai Cândido Rocha é escritor memorialista e sua irmã Michele Rocha é graduada em Letras e professora na EREMOB.. Sua poesia tem um forte sentimento nativista e de identidade com a terra e a gente sua, com uma delicadeza que impressiona.
Quando um dia eu embora for
Grata serei porque nenhuma dor
Foi capaz de tirar de mim o brilho e a vontade de viver.
Grata serei porque nenhuma dor
Foi capaz de tirar de mim o brilho e a vontade de viver.
Quando nada mais restar
Eu vou continuar a amar
A vida que em mim ainda será viva
Porque quem vive em poesia
Nunca morre
Mas vive eternizado em cada alma e coração.
Eu vou continuar a amar
A vida que em mim ainda será viva
Porque quem vive em poesia
Nunca morre
Mas vive eternizado em cada alma e coração.
Daiane Rocha.
Derivaldo Santana
Poeta, nascido em 1992, estudou na Escola Municipal Etelvino Lins, onde despertou para a Poesia através
das aulas do Professor Josessandro Andrade e do colega de turma Gilmarques
Andrade. Participou do Projeto a poesia em sala de aula e com ele
teve participação no Documentário “Poetas de Repente”, Filme dirigido por Hilton Lacerda, que foi
produzido pela Fundação Joaquim Nabuco- FUNDAJ – e distribuído para mais de 50
países.
O POETA PROFESSOR
DEDICADO
A JOSESSANDRO ANDRADE
DERIVALDO SANTANA
MESTRE JOSESSANDRO ANDRADE
JOVEM DE
MUITA ALEGRIA
POETA E
PROFESSOR
TRABALHA NOITE E DIA
DANDO AULAS
NAS ESCOLAS
E FAZENDO
POESIAS
PARA FAZER
POESIA
É PRECISO
INSPIRAÇÃO
DEDICAR-SE A
PREPARAR
E FAZER A
CONCLUSÃO
ISSO
JOSESSANDRO ANDRADE
FAZ SEM
COMPLICAÇÃO
EU FALO ISSO
SEM MEDO
POR SER UM CONHECEDOR
DO TALENTO
DESSE HOMEM
PARA COMO
EDUCADOR
E FALO COM
MUITO ORGULHO
POR TER TIDO
JOSESSANDRO
COMO MEU PROFESSOR
PERSEGUIDO
NA CIDADE
POR FALAR O
QUE PENSA
E AOS PÉS
DOS PODEROSOS
NUNCA A
CABEÇA BAIXAR
FALAR SEM
MEDO OU TEMOR
O QUE SE
DEVE MUDAR
PARA UMA
CIDADE MELHOR
ONDE TODOS
POSSAM MORAR
Victor Gabriel
Victor Gabriel- Nascido em 1999, em Juquiá –SP, mudou-se para
Sertânia-PE, aos 4 anos de idade. Desde a infância cultiva a poesia e se
apresenta em escolas como morador da zona rural. Estudante, é aluno da EREMOB,
onde fez parte do Grupo Vozes da Poesia, formado por alunos e alunas daquela
escola, por incentivo do professor Josessandro Andrade.
DAMA ROSADA
Victor Gabriel
Minha Dama da pele rosada
Corpo que transvasa o sabor da maçã
Do romantismo é a mulher
idealizada
É dos meus dias o nascer da manhã
Ao cair da noite inconsequente
Com um desejo compulsivo e
inquietude
Tiro sua roupa e levemente
E teus seios macios acaricio com
virtude
Te amando no clarear do luar
Admiro as curvas do seu corpo
virgem bela
Com o suor que se mistura no ar
Não há dama que faça amor como
ela
Fazendo amor em um prazer carnal
Me entrego aos meus vícios em
nossa cama
As vezes com um pensamento
irracional
Descontente e contente da mulher
que ama
Encerrando a noite com troca de
beijos
Olhando o seu rosto logo enfraqueço
Que a Dama rosada dos meus grandes cortejos
Era minha antiga paixão, de quem
nunca esqueço.
Tuanny
Dantas
Tuanny Dantas é de Sertânia,
cursou a educação básica na Escola
Professor Jorge de Menezes, onde participou do Movimento Estudantil Renascer,
em cujo jornal Renascer publicou inicialmente seus poemas. Graduada em Ciências
Contábeis pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), É uma das mais
expressivas vozes femininas da nova geração de poetas de Sertânia e do Moxotó.
MUDA MUNDO MUDO
Tuanny Dantas
Transcrevi meus pensamentos
Em um mínimo ato
Nesse sistema complexo e insensato
Aprendi que a liberdade nunca é demais
E Viver, é exceder-se
Mostrar o que é capaz
Nessas curvas incertas,
deslizando
Momentos vêm e vão
Enaltecem e reaparecem à mente
Mostrando a pura confusão,
permanente Nesse barco à deriva
Os raciocínios humanos afundam
E aprofundam
A conturbação definitiva
Em uma tempestade qualquer.
O descanso, indescansável
Flagela-se onde estiver
E no digno ato de viver
Que faz ter e perder
Perder e ter
Faz-se presa, mais uma vez
A certeza do talvez
QUEM SER?
(Tuanny Dantas)
Nesse mundo insano
A regra é crescer por engano
Quem me dera,
por um triz
Largar todo esse embaraço
E pra sempre ser feliz
Em humores de palhaço
Nesse conto de fadas
Se jogar em dramas ou piadas
É a única saída certa
Viver um amor desequilibrado
Em cenários disfarçados
Sem temer o que a vida apronta
Pois, tudo
é só no ‘faz de conta
’Nesse jogo de identidades
Ser palhaço ou ator
Não preenchem a total liberdade
Ser tu mesmo é a questão
Com total libertação
Sem temer ou se perder
Nesse entrelaço do ‘quem ser’
MANÉ GALEGO
Nascido em 2000, em Sertânia
–PE John é aluno da EREMOB. Poeta,
cantor, compositor e músico, faz parte dos quadros da SAPECAS- Sociedade dos
Poetas, Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia-PE. Participa da Casa
dos Poetas de Sertânia-PE.
Poema sem nome nº 7
(Mané Galego)
Encontro-me a contemplar
A lembrança
viva de seu olhos em minha mente
Enquanto admiro
a lua que pos-se a brilharo)o
Como uma luz
fraca e alegria descontente
Clamo-te, segue
a quem te ama, o bem mais precioso,
Dai com um
gesto a sensação de paraíso,
Deixa-me
invejar atencioso
O átomo do teu sorriso.
A angina da
falta crucifica minha alegria
Levando me em
um Acácio até o mar azul sem fim
Mas uma vez
troco a noite pelo dia
Procurando o poema mais lindo que possa vim
Quem dera um
dia um poeta escrever
Na mais intensa
inspiração
Consiga com
versos em folha fazer
Rimas que se
comparem a tua perfeição.
Jaciel Bezerra
Jaciel Bezerra
da Silva nasceu em Sertânia e mora na Comunidade do Alto do Ceu. Estudou na
Escola Municipal Etelvino Lins, onde revelou-se para a poesia, que começou a
praticar desde os 6 anos de idade. Ali, com incentivo do Professor e poeta
Josessandro Andrade, venceu concursos poéticos e tornou-se conhecido como poeta. Aprendeu tocar violão,
tornou-se músico , compositor e cantor e montou algumas bandas musicais que não
prosseguiram. Prá ganhar a vida trabalhou como padeiro e ingressou na
Construção civil, trabalhando como servente e pedreiro, tendo residido em
Petrolina-PE, Recife-PE e outras cidades. É membro da SAPECAS- Sociedade dos
Poetas, Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia-PE, Vem se apresentando
na Casa dos Poetas, em Sertânia-PE declamando seus poemas nas cantorias de viola,
bem como se apresentou Na Jornada Literária Portal do Sertão do SESC, em
Pesqueira-PE, e na Festa da Poesia(Aniversário dos 28 anos do Jornal de Poesia Cabeça de Rato), no
Teatro Jansen Filho , em Monteiro-PB.
Solidariedade
dez
(Jaciel
Bezerra)
Ouça isso
atentamente
Arraste a
cadeira e sente
Que agora vou
falar
Depois que
estiver sentado
Ouça com muito cuidado
O que vou
manifestar
Escute bem o
meu verso
Espalhe para o
universo
Nem precisa por
meu nome
Espalhe em
todas as redes
De água a quem
tem sede
E dê comida a
quem tem fome.
Se espelhe em
Jesus
Carregue a sua
cruz
Faça a
cidadania
Não bote arma
na mão
E não atinja o
irmão
Dê a ele uma
poesia
Não viva se
lastimando
Espante os
medos cantando
Se puder adote
um órfão
Que com certeza
lhe abranje
Faça um gesto,
doe sangue
Se desejar, doe
um órgão.
Viva veros,
faça rima,
Dê sempre a
volta por cima
E serás um
vencedor
Viva do jeito
de Deus
Que as rimas e
versos meus
Foi ele que me
enviou
Veja um deus em
cada miserável
Faça conta ao
que não se presta
Que é assim que
Deus nos testa
Nos nossos dias
de luta
Tudo isso só
depende da conduta
E do jeito de
agir de cada homem
Esquecendo a
cor, a raça, o nome
E quebrando
muralhas e paredes
Dando água a
quem tem sede
E comida a quem
tem fome.
Jaciel Bezerra














































