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“No Sertão do Moxotó avistei uma cidade, suas ruas, suas praça exalavam poesia. Nas minhas batidas de pernas pelo mundo afora, Sertânia me impressionou pela sua representatividade em se falando de cultura popular. Pequena em território mas grande em poesia, viva Sertânia!! “Antonio Andrade Leal (Professor Universitário, pesquisador- Vitória da Conquista-BA)

Casa do Ancião,Localizada no Alto da Saudade instituição que abriga idosos, encontramos um espaço poético, com um Poema de Pinto do Monteiro (que por muito residiu em Sertânia, onde era reverenciado e considerado) em homenagem a Gerda Jacobs, benfeitora da Casa e “Nassau do Sertão”, um cordel de autoria de Josessandro Andrade, que narra a vida e a obra do Padre Holandês Cristiano Jacobs, irmão de Gerda radicado em Sertânia, há mais de 50 anos. Este cordel acabou virando roteiro para um documentário homônimo dirigido por Guilherme Araujo, jovem índio da etnia Xucuru. Ambos os poemas estão gravados em placa de bronze e expostos na entrada, em sinal de orgulho.

Mural da Prefeitura de Sertânia, na Praça João Vale,Centro da cidade, abriga um painel em cerâmica do Pintor Marcos Cordeiro,de 1975, com um poema de sua autoria entitulado “Ode à Sertânia, que assim como o painel narra as raízes da cidade e de seu povo.

CORDEIRO’S BAR ,na Rua Carlos José de Sá temos , um mural pintado em 1998, pelo artista plástico e poeta Mauricio Floriano, ilustrando o poema “Só Para os olhos” do Mestre da Poesia Waldemar Cordeiro.

Casa dos Poetas um bar de José Belo(Zé Mago) localizado na Rua das Tabocas, que expõe a produção poética de Sertânia, abriga a sede da SAPECAS-Sociedade dos Poetas , Escritores e Compositores de Sertânia, que ali promove recitais de poetas locais e regionais e serve as delícias da cozinha moxotesca: Sarapatel de bode, galinha de capoeira com arroz de leite, maxixe com bacalhau, peixe frito e carne de porco assada e guisada.




                                                                                                         Por José Lessa




Luiz Wilson é pernambucano da Região do Moxotó, no sertão pernambucano, e amigo de Messias Lima, que me presenteou com este CD comemorativo aos seus 30 anos de Carreira.
                                                                                                                                      




Luiz Wilson,  que além de ser cantor de forró há mais de 25 anos, com 12 álbuns lançados, é também cordelista, autor de diversos folhetos de literatura de cordel e apresentador dos programas Pintando o Sete e Violas e Repentistas, ainda encontra tempo para realizar palestras motivacionais em empresas.

Além de Cantor, compositor e cordelista Luiz Wilson apresenta o Programa Pintando o Sete que é líder de audiência e é apresentado todos os domingos pela Rádio Imprensa. Não só como radialista, mais em toda a sua carreira musical tem como principal compromisso o forró e a defesa das mais puras tradições das raízes nordestina.
                                                                                                                                                          




Luiz Wilson, chegou a São  Paulo em 1979 e hoje, comemora, revivendo 30 anos de carreira, um motivo de orgulho para qualquer forrozeiro, pois 30 anos alegrando o povo não é coisa fácil, poucos são os que conseguem fazer tal feito.  No presente CD Luiz Wilson canta a composição Um Simples Forrozeiro, em parceria Duval Brito, que deveria se chamar Sou um grande Forrozeiro, pois isto é o que ele realmente é, pelo muito que tem feito durante esses 30 anos do forró. Espero que continue, durante muitos anos, a nos brindar com belas composições, como sempre tem feito.


                                                                                                                                                               


Sinceramente de gostei muito de “Amor de Verdade” que cantar o amor em seu verdadeiro termo, o afeto o carinho o respeito a dignidade ao ser humano e  apenas dando a  garantia de ser apenas bom amante e parceiro constante no dia. O seu mundo é o sertão, pois mais distante que esteja como é em “O Mestre do Moroto” que canta sua terra e sua gente. Outra faixa que merece ser ouvida é o repente “A Festa da Baraúna” um repente composto por Gato Novo que mostra a força da poesia nordestina.


Infelizmente não tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, pois quando este em minha residência estava fazendo fisioterapia, mas com certeza ainda nos encontraremos pessoalmente, pois diariamente sempre nos encontramos em defesa do forró, quando digo forro, estou falando no forró de Gonzagão, Gerson Filho, Jackson do Pandeiro e todos que escreveram esta linda pagina da música brasileira.








LUIZ WILSON -O FORROZEIRO POETA
                                                                  Por Josessandro Andrade











 


Luiz Wilson completa 30 anos de carreira  lançando o cd “Revivendo nos trinta” fazendo um disco  comemorativo que celebra toda esta versatilidade de sua personalidade artística: Cantor, compositor, poeta, cordelista, apresentador, palestrante, escritor.


Ao longo das  14 faixas , Luiz Wilson  mostra o seu talento autoral , inclusive em parcerias e o seu talento como intérprete. Na primeira faixa , o Baião “Um simples forrozeiro”, DE Luiz Wilson e Duval Brito,  revelam a sua essência de humildade  e seu compromisso com sua origem de nordestino do Sertão:


“Só um simples  forrozeiro / das terras do Moxotó/ eu estou comemorando trinta anos de forró/...” Não ganhei disco de ouro/ nem maior revelação/mas estou realizado/ vou cumprindo a missão/ Divulgando o meu Nordeste preservando a tradição/ defendendo a Bandeira deixada por Gonzagão/ o Forró está escrito / na palma da minha mão...”


“Amor de verdade” , outra composição a quatro mãos dos primos Duval e Luiz, um forró de ritmo gostoso, que  invoca  a sensualidade, a gentileza e a cumplicidade do querer bem.


“Eu vi”, (Luiz Wilson/ Duval Brito)  é um xote, com estrutura de versificação semelhante aos cocos de embolada, que  faz retrospectiva histórica da vida econômica e social do pais, os passando a limpo a eleição e morte de Tancredo, os planos econômicos, até tratar de problemas da vida nas grandes cidades e questões da vida moderna como Bullyng, pedofilia e prostituição infantil na internet, e o processo de descaracterização da identidade cultural do Pais:


Via as famílias


 perdendo os seu valores


Vi disputa de pastores


Brigas por religião


Vi contratante


De estado e prefeitura


Usar verbas da cultura


Para banalização


 A tampa e a panela –Luiz wilson , de Fatel Barbosa e Luiz, é um dos carros-chefes do CD, destacando toda a força lírica de românticos que se complentam, de modo critativo, com uma linguagem tipicamente nordestina.
Nascido no Sítio Recanto Verde, Município de Sertânia, do qual se orgulha e fala sempre por onde passa, Luiz todo ano quando vem passar suas férias neste seu lugar de origem, na véspera da viagem de volta para São Paulo SP, realiza o “Recanto do Verso”, festa de muita poesia e música, com apresentação de cantores, sanfoneiros, cantadores de viola repentista, cordelistas e aboiadores, regada a muita comida e bebida tipicamente sertanejas. Esta festa é Destacada na gravação do Poema de autoria do Cantador repentista e cordelista Genival Pereira,(Gato Novo) “Á Sombra da baraúna” , e  o Arrastapé “Vamos pro Recanto Verde”.

Ainda nos Tributos, temos “Profissão de Vaqueiro”, que comemora a regulamentação da profissional de vaqueiro pelo Congresso Nacional, que teve como relator, um outro Luiz sertaniense, o deputado federal Gonzaga Patriota, também da zona rural, pertinho Do Recanto de Luiz, lá em Pinto Ribeiro, povoado do Distrito Henrique Dias.

A gratidão a família  mostra a largueza de espírito do artista e poeta Luiz Wilson“Quando eu vim m’ imbora”, é um tributo a sua mãe , Dona Elvira Vasconcelos, um doce de pessoa que tive o prazer de conhecer. “Sempre meu herói” é uma homenagem ao seu pai Juca Leite, agricultor e criador, por cujo sangue nos ligamos o parentesco pelos “Leite”.  “Obrigado Jesus”, é um louvor religioso, que Luiz Compôs para seus filhos evangélicos que são. “Tia Fulô”, é dedicada a sua tia Floriza, que o acolheu, quando saiu de Sertânia para Paulo Afonso -BA para concluir o Ensino Médio.


“Mestres do Moxotó”, é um baião dos  Josessandro Andrade e Duval Brito (Primos entre si e primos de Luiz Wilson),  que resgata o Legado dos Mestres da Poesia do Sertão, os Sertanienses Ulysses Lins-“ O Trovador do Sertão”, Waldemar Cordeiro- O Gênio do Lirismo” e Alcides Lopes de Siqueira- “O Menestrel do Sertão”, invocando ainda a Casa dos Poetas, espaço da poesia na Região do Moxotó-Ipanema.


Além de cantar á viola no intervalo de cantorias e empresariar artistas parceiros e promover cantorias de repente, atuando também como apresentador, Luiz Wilson  completa agora dez anos do seu programa de Rádio “Pintando o Sete “, na Rádio Imprensa FM, que difundindo Forró pé de serra, cantoria de viola,  Toada e literatura de cordel, é líder de audiência na Grande São Paulo SP.  Há um ano trouxe também este projeto prá perto de sua terra, estando “Pintando o Sete” , sendo apresentado na Rádio Itapuama fm, também já líder de audiência na região Moxotó -Ipanema. Um programa prá se ouvir com a família no almoço de domingo, prá se passar de geração a geração, a cultura do sertão, o forró matuto e a arte de qualidade. Como sempre é Luiz Wilson em tudo que faz.


 


 













Parabéns


Luiz Wilson – 30 Anos de Carreira
Laser Disc do Brasil – 2017
01. Um Simples Forrozeiro (Duval Brito – Luiz Wilson)
02. Amor de Verdade (Luiz Wilson – Duval Brito)
03. Eu vi (Luiz Wilson – Duval Brito)
04. A Tampa e a Panela (Luiz Wilson – Fatel Barbosa)
05. Meu Compadre, em Vou Voltar (Luiz Wilson – Duval Brito)
06. A Profissão de Vaqueiro (Duval Brito – Luiz Wilson)
07. Cumplicidade (Luiz Wilson)
08. Quando eu Vim m’imbora (Luiz Wilson)
09. A Festa da Baraúna (Gato Novo)
10. Vamos Pro Recanto Verde (Duval Brito – Luiz Wilson)
11. Mestres do Moxotó (Josessandro Andrade – Duval Brito)
12. Saudade da Tia Fulô (Luiz Wilson)
13. Sempre Meu Herói (Luiz Wilson)
14. Obrigado Jesus (Luiz Wilson)a








GATO VELHO

Um dos mais conhecidos poetas populares de Sertânia, começou a cantar aos 28 anos de idade, quando tornou-se viúvo , trocando a agricultura pela viola. Cantou com os grandes nomes do repente como João Furiba, Firmo Batista, Jó Patriota, Lourival Batista, entre tantos outros, mas fez dupla mesmo como o maior de Todos Pinto do Monteiro, que por muitos anos residiu em Sertânia-PE. Gato Velho cantou prá figuras ilustres como o senador do Paraná José Richa-ex governador, para o escritor Hermilo Borba Filho, numa Semana de Arte em Sertânia, juntamente com Pinto do Monteiro(foto) dono da Itapemirim Camilo Cola em sua residência em Cachoeira do Itapemirim, numa célebre viagem que fez ao estado do Espirito Santo, acompanhado do seu filho, o também cantador de Viola Genival Pereira(Gato Novo), Uma das suas grandes alegrias.

ASA BRANCA DO CEARÁ

Asa Branca do Ceará, como passou a ser tratado desde muito cedo, nasceu como José Geovaldo Gondim em 29 de julho de 1941, na cidade de Maurití, Estado do Ceará. Filho da dedicada professora de Língua Portuguesa, religiosa fervorosa e poetisa Maria de Lourdes Gondim(Enfermeira no Hospital de Sertânia, logo após sua fundação) e do Repentista Joaquim Neco de Sousa (Asa Branca de Sousa), de quem herdou o codinome Asa Branca e o dom do improviso. Viveu no Crato-CE, mas foi nas cidades de Sertânia e Monteiro, localizada no cariri paraibano que Asa Branca construiu sua carreira de artista da viola e do repente. Os primeiros versos datam de 1950, ou seja, quando tinha apenas 9 anos, tempo este em que já vendia cordéis na feira. As primeiras cantorias aconteceram por volta de 1956, quando contava com 15 anos. Chegou a morar em São Paulo entre 1970 e 1984, porém nunca se adaptou à cidade grande e desta forma, voltou para Monteiro (PB). Ao longo da sua trajetória, seja lá no Sertão nordestino, seja em São Paulo, além de repentista e cordelista Asa Branca do Ceará teve inúmeras atividades tais como marceneiro, alfaiate, radialista e até artista de circo e sobre isso ele fala nesta sextilha: Sou a mistura de artes Como o pintor faz nas telas Sou marceneiro, alfaiate Amante das coisas belas Tenho tantas profissões Que me perco dentro delas Asa Branca do Ceará destacava-se entre os demais repentistas pela beleza da rima e por seu aprofundamento nos temas e desta forma cantou com os grandes da época, como, por exemplo, Ivanildo Vila Nova, os irmãos Batista (Lourival, Dimas e Otácilio), Zé Faustino e finalmente com um dos maiores nomes da poesia popular nordestina, o lendário Pinto do Monteiro, a quem Asa Branca do Ceará consideraria seu segundo pai, dentro da poesia. É de Pinto do Monteiro esse verso feito numa cantoria, cujo tema tratado era a “saudade”: Esta palavra saudade Conheço desde criança Saudade de amor ausente Não é saudade (é lembrança) Saudade só é saudade Quando morre a esperança Voltando a Asa Branca do Ceará, nestes anos todos (mais de 55 anos de viola) ele participou de palestras em Universidades e de dezenas de festivais de repente, muito comuns entre as décadas dos anos de 1970 e 1990. Muitos dos seus trabalhos seguiram seus próprios caminhos, uma vez, que o poeta popular vive do improviso, falta-lhe a prática de manter arquivo e documentação de obras criadas. Alguma coisa fica na memória e a grande maioria nas mãos de quem os adquiriu. Encontra-se em plena atividade criativa aos 75 anos e ainda mantém por quase 20 anos, dois programas de rádio sobre a cultura popular nordestina. Um deles, chamado Varandão da Fazenda, na cidade de Princesa Isabel (PB), na Rádio Princesa Isabel, 970 AM e o outro é a Viola e a Sanfona, na Rádio FM Imprensa de Monteiro (PB).

GENIVAL PEREIRA ( Gato Novo)

Genival Pereira, O Gato Novo, nasceu a 20 de outubro de 1950, filho do Cantador de viola e autor de folhetos de Cordel Antônio Samuel Pereira, conhecido por Gato Velho, e parceiro de Pinto do Monteiro, o Rei dos Cantadores, em memoráveis cantorias e de da dona de casa Josefa Pereira da Silva. Órfão de mãe em tenra idade, foi criado por familiares. Apesar de boa desenvoltura na escola, só pode estudar até a 4ª série, pois teve que trabalhar na agricultura. Rapaz ,ainda trabalhou em outras profissões ,entre as quais a de metalúrgico no Recife. . Aos 25 anos abraçou a profissão do pai, sucedendo- o no ofício poético. Na companhia do seu genitor, como repentista relembra com orgulho de momentos especiais como quando cantaram no célebre aniversário de noventa anos do escritor e Mestre da poesia Ulysses Lins,o Trovador do Moxotó, na Fazenda Conceição, na presença também de outro Mestre da Poesia, Waldemar Cordeiro, o Gênio do Lirismo, ou na viagem que fizeram a Cachoeira de Itapemirim, no Espírito Santo, onde conheceram a Casa onde o Cantor e compositor Roberto Carlos nascera ,e, ainda , onde Cantaram na casa de Camilo Cola, dono da empresa de Ônibus Itapemirim, que agradou-se bastante da dupla formada por pai e filho. Na sua trajetória de repentista andarilho participou de Festivais de Violeiros em Olinda, Palmares, Caruaru, Bezerros, Garanhuns, Arcoverde, Sertânia, Custódia, São José do Egito, Afogados da Ingazeira, Tuparetama, em Pernambuco, além de Sumé, Prata, Monteiro e Patos, na Paraíba. Também manteve programas de repente, nas Rádios Meridional (Garanhuns-PE), Difusora ( Caruaru-PE),Cultura (Palmares-PE), Moxotó AM (Sertânia-PE) e Cardeal (Arcoverde-PE). Cantou em bodegas, bares, feiras,mercados, em casa de famílias de Sítios ou fazendas, também em escolas públicas. Um poeta que sendo do povo, vai aonde o povo está. Empresta sua voz para cantar as dores e alegrias deste povo, para derramar seu pranto e espalhar seu riso, para celebrar as boas novas e os sentimentos nobres da gente simples do povo. Fixou-se em Sertânia, cidade de poetas e escritores, terra de poetas da caneta, onde com seu grupo de parceiros de viola Zito Siqueira, Zilmo Siqueira, Sebastião Boca Rica, Zé Batista, Canário e os poetas Admastor Passos, Irasson Bezerra, Noé Alves, Fi de Deus, Nego e Seba Alves vem desenvolvendo um vasto trabalho, cultivando e divulgando a poesia popular em cantorias- pé- de parede, Festivais e apresentações em colégios e escolas. A as aproximação com os editores do jornal de Poesia Cabeça de Rato, levou não só a publicar seu poemas como também a abrir outros espaços, passando a ser presença obrigatória em eventos dos mais diversos como o FLIS- Festival Literário do Sertão e da SAPECAS- Sociedade dos Poeta, Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia, bem como servindo de tema para trabalhos de escolas e faculdades. O seu lado autoral também o fez compositor inspirado de músicas em diversos ritmos como vaneirão, baião, xote, canções de viola e músicas religiosas. Artistas como Damião Silva e Romero Silva já gravaram diversos trabalhos seus. O registro de sua produção tem sido através da gravação do CD “Viola é cultura”, em parceria com o poeta José Bartolomeu e a publicação do Cordel “Enterro de cachaceiro”, considerado um clássico de sua obra, sendo inclusive declamado pelo Mestre Chico Pedrosa em recitais por ai afora. A qualidade de sua poesia despertou o interesse do cinema. Foi convidado e Participou do diversos filmes, entre os quais “Nassau do sertão”, de Guilherme Araujo, “A botija”, de André Ferreira e “Arabesco Nordestino”, de Wilson Freire. Recentemente o diretor Alemão Dirck, realizou o documentário “Poetas do Povo”, onde Gato Novo é uma das estrelas do filme ao lado do genial Chico Pedrosa, que vem sendo exibido em diversas partes do mundo. Dei na Loba que Rômulo mamou nela Esgotei as águas do rio Nilo Fiz o mar acalmar ficar tranqüilo Ajudei fazer Eva da costela Fui na arca quebrei uma janela E ali soltei todos animais Implorei a meu Deus o pai dos pais O dilúvio parou em um minuto Fiz Noé passear no chão enxuto O que é que me falta fazer mais ZITO SIQUEIRA

Cantador de viola nascido em Monteiro-PB, Fixou-se em Sertânia-PE, Onde montou e negociou por muitos anos com um Comércio de queijos , carnes e doces. Sua Venda era ponto de encontro dos poetas da cidade: Waldemar Cordeiro, Gato Velho , Gato Novo, Irasson, Sebastião Boca Rica, Canário, Zé Batista, e vindo de Monteiro Asa Branca do Ceará e seu irmão Zilmo Siqueira. Cantou muitas vezes a viola com Gato Velho , Pinto do Monteiro, João Furiba, Firmo Batista e outros grandes nomes do repente. Seus filhos Zito Jr. e Luciano Magno são poetas de caneta. Zito Jr. publicou em memória um pequeno livreto do poeta e O poeta José Medeiros escreveu um cordel biográfico sobre Zito Siqueira. Viver em casa alheia não acho ser vantajoso se tá calado não presta se conversa é mentiroso se faz muito é enxerido se faz pouco é preguiçoso JOÃO LÍDIO

Nascido em Sertânia PE em 29 de agosto de 1990 residio em gravatá onde começou sua carreira poética em 2010 e passou a comandar programas de rádio. hoje em Caruaru fez parte do programa cantigas de viola na rádio jornal am ao lado de grandes poetas como Raimundo caetano Rogério meneses Raullino silva entre outros. Gravou cinco cds e tem participação em vários dvds de festivais pelo nordeste. Promovente de festivais e eventos em geral a exemplo do CIRCUITO DE CANTORIA DE PÉ DE PAREDE com os poetas IVANILDO VILA NOVA, LUCIANO LEONEL E ANTONIO LISBOA pelo governo do estado através do funcultura. O POETAS DO IMPROVISO em Gravatá sendo uma cantoria mensal. Atualmente mantem programas em Vitória de Santo Antão pela Cultural AM 1180 e em Taquaritinga pela Farol FM 90,5. O SAL DAS LÁGRIMAS DEU GOSTO AO MEU SORRISO FORÇADO QUE POR MIM POR MUITAS VEZES INSISTENTEMENTE USADO TENTOU ESCONDER AS MÁGOAS MAS NUNCA DEU RESULTADO
Alane  Uilma









*Alane Uilma, 21 Anos de idade. De origem Paraibana, Poeta, Artesã, Que mostra o amor e a finalidade da arte por todos os passos vivos dentre a terra!. Cursou sua educação básica na EREMOB, onde sempre se destacou na leitura e na poesia, recebendo elogios e estímulo dos professores , entre os quais, Antonio Amaral e Gilberto Farias. Através do Professor Josessandro Andrade publicou em 2012 um livreto de poemas de sua autoria. É casada como também poeta e escritor Marcus Feitosa, autor do Livro Verbo Vivo

          
          Alane Uilma*
Quente a brasa que ama

Fogo que imagina você na cama

Se pudesse falar tudo que sinto

As idealizações que já fiz na mente

Aquele corpo não o perfeito

mas o ideal pra mim.

Aquele peito coberto de pelos

 do qual volto a sonhar, imaginar o tempo inteiro.

 Aquele braço o qual abraço e sinto o amor verdadeiro

 Ah o sussurrar que me leva ao alto

 onde posso me sentir viva em ser amada.

 E os olhos em quais olhares te desvendo por inteiro!

Não quero em ti a melhor roupa,

 tua pele macia e perfumada á me sacia

. Quero deitar em teus braços

, te namorar... Te morder... Te azunhar

e me despir aos teus olhos... Quentes as chamas,

 doce ao mel e saboroso como quem te chama.

 Posso ser tua dama... Tua gata e teu ideal....

Te levar café na cama te alimentar

e depois acabar com o vicio,

de prazer da mulher que só a ti ama!




Marcus Feitosa









Marcus Feitosa é poeta escritor tendo publicado em edição independente o seu livro de poemas Verbo Vivo.  Sua poesia caracteriza-se pelo apego as formas tradicionais de estrofação e rima, mas com um ritmo próprio, dando aos seu poemas uma dicção interessante.




A mãe e o filho
-Dedicado a minha irmã Marta Feitosa e seu filho Simão Pedro-

A mãe tem que está próxima ao filho
Como a locomotiva imponente sobre o trilho
A mãe é o porto seguro da sua criança
O colo da mãe feito de calor, amor e esperança.
Mãe palavra tão linda que nem rima tem
É a coisa mais sagrada que o ser humano tem
E se perde a força e a vibração...
O individuo pode ter a certeza...
Que a sua mãe lhe daria seu próprio coração
Mãe e filho, mãe e filha, mãe e filhos...
Normalidade em doce harmonia
Feliz do filho que ainda tem a mãe...
Para lhe acalentar a cada fim do dia.
















 Marta Feitosa















.
Marta Gomes Feitosa nasceu em Sertânia-PE, 1982. Estudou na Escola Olavo Bilac e é funcionária dos Correios, em Monteiro-PB. Entre idas e vindas na escrita da poesia, agora retoma a atividade com mais convicção de seu oficio de poetisa.ura mais atenda

Uma leitura mais atenta de seus poemas nos mostra a emocionante expressão poética de uma alma  comovida. Construção literária que alterna versos livres e rimas, com apurada economia verbal , linguagem simples, porém permeada de densidade.



Dupla face
                              Marta Feitosa.

Hoje cedo deparei-me com ela

provocante,excitante,bela

oposto  mim, ela é extrovertida

sem se preocupar com a vida


Ela sempre vem me visitar

ela sempre está a me perturbar

ela sempre rouba minha cena

ela está na sua forma mais plena

Ela rir sempre a toa

ela canta,grita,entoa

ela sempre se destaca

ela sempre contra ataca

ao contrário de mim

que sou tão tímida assim...

ao oposto do meu ser

ela sabe o que é viver

Ela anda ponta a ponta

e nuca se deu conta

que seu jeito é o meu


e que sempre ela sou eu

como dupla personalidade

pra falar a verdade

essa minha personagem 

é minha própria imagem

talvez um lado oculto

ou tão somente um  vulto 

criador e criatura 

num relance de loucura

Ela é o meu oposto

dupla face no meu rosto

então escolha a quem visa

personagem ou poetisa?

  



Blindar
Marta Feitosa.








Quero saber
se o coração posso blindar
pra não mais sofrer
pra não mais amar
Quero saber 
se o coração posso blindar 
pra não mais doer
pra não mais penar
Quero saber 
se o coração posso blindar
pra não mais perder
pra não mais calar
Quero saber
se o coração posso blindar 
pra não mais morrer
pra não mais chorar

 Vi tão. ..amor

Marta Feitosa


Vi tão intenso

um amor imenso

se revelar

Vi tão profano

um amor insano

se acabar

vi tão profundo

um amor imundo

me maltratar

vi tão doente

um amor carente

se extinguir

vi tão fulgaz

um amor voraz

me iludir

vi tão bonito

um amor infinito

se destruir.

vi tão veloz

um amor algoz

me desmerecer

vi tão calado

um amor parado

me estremecer

vi tão escuro

um amor seguro

me fortalecer.


 Amor?

Marta Feitosa





Por que ainda insisto em amor?
se creio que não existe

se no meu coração só tem dor

porque ele ainda insiste?

e sempre digo,ó coração 

não acredito no que profetas

creio que esse tal amor é ilusão 

não passa de invenção dos poetas

Se o verdadeiro amor existesse

por que tanto sofrimento ?

é como se a gente insistisse

em manter esse sentimento

Prefiro ser poetisa solitária 

prefiro não receber flores 

do que ser considerada otária

por pseudo amores.

Prefiro revelar amor 

nesses versos escondidos

do que ter um falso calor

de algo sem sentido

Prefiro mais é hesitar

prefiro o papel branco

do que outra vez amar

e sobre mim cair barrancos

não temo à noite escura

nem tenho mais agonia

prefiro,na boca a secura

do que tomarem minha alegria

prefiro o fechamento

prefiro que ele não exista

do que ter um sentimento 

estampado em minha vista

Preciso lembrar 

que o destino me quer só 

prefiro não amar

que ver meu meu pó

Prefiro não me apegar

prefiro tudo casual

que não chegue machucar 

que seja mesmo algo banal.

  
 Louco

Sou mais um louco

dentre muitos, pouco

oscilo entre lucidez e loucura 

sem remédio, sem cura

Sou apenas um sem juízo 

que se vê no prejuízo 

nas extremidades, nos pólos

procurando firmes solos

Um maluco a cada dia

misturando a euforia

com a morte e a tristeza 

num minuto  sem firmeza

num momento  estou doente

em um outro estou contente

um relato bipolar

sem laudo comprovar.

um doido preso a um sonho

se nada mas eu proponho

acabo por ser só  louco

dentre muitos, sou pouco.



Mal agouro

Marta Feitosa









Eu sou o olho cego  de Lampião

sou a roda do carro-de-mão

eu sou o cabrunco do bode 

sou comigo -ninguém -pode

eu sou o corte da peixeira

sou a ferida da bicheira

sou a vaca que morreu de sede

sou o defunto levado na rede

sou o agouro da rasga-mortalha 

sou o sangue na navalha

o espinho do mandacaru

a carniça do urubu.

sou o motivo da intriga

do moleque,sou a lombriga

sou a dor do unheiro

sou o encontro do cobreiro.


Último adeus

Marta Feitosa

No dia sete de setembro 
de dois mil e quinze o ano

me topei com o desengano 

e o dia entristeceu

oito horas da manhã 

quando meu pai faleceu

Era pra ser dia animado

dia da independência 

mas naquele feriado

foi um dia de carência 

dolorosa despedida 

morria pai,o homem da minha vida.

Nos meus braços o homem se acabava

fazendo o que mais gostava

bem na hora da comida 

findava-se aquela vida.

Começou a grande agonia

quando a morte invadiu

naquele tristonho dia

o meu pai sucumbiu

E ainda pra piorar

pra acabar de acertar

trucidar o coração me deram uma dolorosa missão :

Ir à casa funerária 

escolher o seu caixão

É difícil entender 

mais difícil é esquecer 

naquela triste segunda-feira

não houve nenhuma maneira

de não ficar tudo obscuro 

Aos sete de setembro se fora meu porto seguro.






Daiane Rocha




Daiane Rocha É de Sertânia-PE, onde estudou na EREMOB e é graduada em Jornalismo no Recife-PE, onde mora. Tem origens no Distrito de Algodões, com  forte inclinação familiar para o mundo das letras, seu pai Cândido Rocha  é escritor memorialista e sua irmã Michele Rocha é graduada em Letras e professora na EREMOB..  Sua poesia tem um forte sentimento nativista e de identidade com a terra e a gente sua, com uma delicadeza que impressiona.


Quando um dia eu embora for
Grata serei porque nenhuma dor
Foi capaz de tirar de mim o brilho e a vontade de viver.
Quando nada mais restar
Eu vou continuar a amar
A vida que em mim ainda será viva
Porque quem vive em poesia
Nunca morre
Mas vive eternizado em cada alma e coração.

Daiane Rocha.






Derivaldo Santana









Poeta, nascido em 1992, estudou na Escola Municipal Etelvino  Lins, onde despertou para a Poesia através das aulas do Professor Josessandro Andrade e do colega de turma Gilmarques Andrade. Participou do Projeto a poesia em sala de aula e  com ele  teve participação no Documentário “Poetas de Repente”,  Filme dirigido por Hilton Lacerda, que foi produzido pela Fundação Joaquim Nabuco- FUNDAJ – e distribuído para mais de 50 países.
O POETA PROFESSOR
 DEDICADO  A   JOSESSANDRO ANDRADE
DERIVALDO SANTANA




MESTRE JOSESSANDRO ANDRADE
JOVEM DE MUITA ALEGRIA
POETA E PROFESSOR
TRABALHA  NOITE E DIA
DANDO AULAS NAS ESCOLAS
E FAZENDO POESIAS

PARA FAZER POESIA
É PRECISO INSPIRAÇÃO
DEDICAR-SE A PREPARAR
E FAZER A CONCLUSÃO
ISSO JOSESSANDRO ANDRADE
FAZ SEM COMPLICAÇÃO

EU FALO ISSO SEM MEDO
POR SER UM CONHECEDOR
DO TALENTO DESSE HOMEM
PARA COMO EDUCADOR
E FALO COM MUITO ORGULHO
POR TER TIDO JOSESSANDRO
COMO  MEU PROFESSOR


PERSEGUIDO NA CIDADE
POR FALAR O QUE PENSA
E AOS PÉS DOS PODEROSOS
NUNCA A CABEÇA BAIXAR
FALAR SEM MEDO OU TEMOR
O QUE SE DEVE MUDAR
PARA UMA CIDADE MELHOR
ONDE TODOS POSSAM MORAR



Victor Gabriel








Victor Gabriel-  Nascido em 1999, em Juquiá –SP, mudou-se para Sertânia-PE, aos 4 anos de idade. Desde a infância cultiva a poesia e se apresenta em escolas como morador da zona rural. Estudante, é aluno da EREMOB, onde fez parte do Grupo Vozes da Poesia, formado por alunos e alunas daquela escola, por incentivo do professor Josessandro Andrade.


                  DAMA  ROSADA
                             Victor Gabriel

Minha Dama da pele rosada
Corpo que transvasa o sabor da maçã
Do romantismo é a mulher idealizada
É dos meus dias o nascer da manhã

Ao cair da noite inconsequente
Com um desejo compulsivo e inquietude
Tiro sua roupa e levemente
E teus seios macios acaricio com virtude

Te amando no clarear do luar
Admiro as curvas do seu corpo virgem bela
Com o suor que se mistura no ar
Não há dama que faça amor como ela

Fazendo amor em um prazer carnal
Me entrego aos meus vícios em nossa cama
As vezes com um pensamento irracional
Descontente e contente da mulher que ama

Encerrando a noite com troca de beijos
Olhando o seu rosto logo enfraqueço
Que a Dama rosada dos  meus grandes cortejos
Era minha antiga paixão, de quem nunca esqueço.






        Tuanny Dantas







Tuanny Dantas é de Sertânia, cursou  a educação básica na Escola Professor Jorge de Menezes, onde participou do Movimento Estudantil Renascer, em cujo jornal Renascer publicou inicialmente seus poemas. Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), É uma das mais expressivas vozes femininas da nova geração de poetas de Sertânia e do Moxotó.











MUDA MUNDO MUDO
                                      Tuanny Dantas













Transcrevi meus pensamentos

 Em um mínimo ato

Nesse sistema complexo e insensato

Aprendi que a liberdade nunca é demais

 E Viver, é exceder-se

Mostrar o que é capaz

 Nessas curvas incertas,

 deslizando

Momentos vêm e vão

Enaltecem e reaparecem à mente

Mostrando a pura confusão,

 permanente Nesse barco à deriva

Os raciocínios humanos afundam

E aprofundam

A conturbação definitiva

 Em uma tempestade qualquer.

 O descanso, indescansável

Flagela-se onde estiver

E no digno ato de viver

 Que faz ter e perder

 Perder e ter

Faz-se presa, mais uma vez

A certeza do talvez



QUEM SER?
                           (Tuanny Dantas)














 Nesse mundo insano

 A regra é crescer por engano

 Quem me dera,

 por um triz

 Largar todo esse embaraço

E pra sempre ser feliz

 Em humores de palhaço


Nesse conto de fadas

Se jogar em dramas ou piadas

É a única saída certa

 Viver um amor desequilibrado

Em cenários disfarçados

 Sem temer o que a vida apronta

 Pois, tudo

é só no ‘faz de conta

’Nesse jogo de identidades

Ser palhaço ou ator

Não preenchem a total liberdade

Ser tu mesmo é a questão

Com total libertação

Sem temer ou se perder

 Nesse entrelaço do ‘quem ser’


PASSADO PRESENTE
Tuanny Dantas
Naquelas noites frias
Em que até o sertão ousa congelar
O pensamento vaga tão distante, pra tão longe que até fronteiras chega a ultrapassar
Ventanias de palavras trazem os mais diversos instantes
E no peito, até recordações martelantes,
Voltam a sobrevoar
De repente um calafrio
Daqueles que levam o coração a mil
Começa a incomodar
No despertar de uma canção ao lado
A lembrança de um velho passado
Tornou a provocar Voltando há um tempo não muito distante
A cortesia de um mero instante
Trouxe recordações pertinentes
E a única saída (covarde) eram aquelas barreiras resistentes
Que tinham força pra refrear
Fria e resistente
A noite fez-se a continuar
Que até espinho de mandacaru
Em possibilidade nenhuma
Ousaria encomodar
E seguiu-se o tempo
A noite fez-se dia
E o dia fez-se distante

Daquele frio atraente
Do passado envolvente
Que ficaria a recordar


MANÉ GALEGO






Nascido em 2000, em Sertânia –PE  John é aluno da EREMOB. Poeta, cantor, compositor e músico, faz parte dos quadros da SAPECAS- Sociedade dos Poetas, Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia-PE. Participa da Casa dos Poetas de Sertânia-PE.

Poema sem nome nº 7
(Mané Galego)

Encontro-me a contemplar

A lembrança viva de seu olhos em minha mente

Enquanto admiro a lua que pos-se a brilharo)o

Como uma luz fraca e alegria descontente



Clamo-te, segue a quem te ama, o bem mais precioso,

Dai com um gesto a sensação de paraíso,

Deixa-me invejar atencioso

O  átomo do teu sorriso.



A angina da falta crucifica minha alegria

Levando me em um  Acácio até o mar azul  sem fim

Mas uma vez troco a noite pelo dia

Procurando o  poema mais lindo que possa vim


Quem dera um dia um poeta escrever

Na mais intensa inspiração

Consiga com versos em folha fazer

Rimas que se comparem a tua perfeição.



Jaciel Bezerra






Jaciel Bezerra da Silva nasceu em Sertânia e mora na Comunidade do Alto do Ceu. Estudou na Escola Municipal Etelvino Lins, onde revelou-se para a poesia, que começou a praticar desde os 6 anos de idade. Ali, com incentivo do Professor e poeta Josessandro Andrade, venceu concursos poéticos e tornou-se  conhecido como poeta. Aprendeu tocar violão, tornou-se músico , compositor e cantor e montou algumas bandas musicais que não prosseguiram. Prá ganhar a vida trabalhou como padeiro e ingressou na Construção civil, trabalhando como servente e pedreiro, tendo residido em Petrolina-PE, Recife-PE e outras cidades. É membro da SAPECAS- Sociedade dos Poetas, Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia-PE, Vem se apresentando na Casa dos Poetas, em Sertânia-PE declamando seus poemas nas cantorias de viola, bem como se apresentou Na Jornada Literária Portal do Sertão do SESC, em Pesqueira-PE, e na Festa da Poesia(Aniversário dos 28 anos  do Jornal de Poesia Cabeça de Rato), no Teatro Jansen Filho , em Monteiro-PB.

Solidariedade dez
(Jaciel Bezerra)


Ouça isso atentamente

Arraste a cadeira e sente

Que agora vou falar

Depois que estiver sentado

Ouça  com muito cuidado

O que vou manifestar


Escute bem o meu verso

Espalhe para o universo

Nem precisa por meu nome

Espalhe em todas as redes

De água a quem tem sede

E dê comida a quem tem fome.



Se espelhe em Jesus

Carregue a sua cruz

Faça a cidadania

Não bote arma na mão

E não atinja o irmão

Dê a ele uma poesia



Não viva se lastimando

Espante os medos cantando

Se puder adote um órfão

Que com certeza lhe abranje

Faça um gesto, doe sangue

Se desejar, doe um órgão.



Viva veros, faça rima,

Dê sempre a volta por cima

E serás um vencedor

Viva do jeito de Deus

Que as rimas e versos meus

Foi ele que me enviou



Veja um deus em cada miserável

Faça conta ao que não se presta

Que é assim que Deus nos testa

Nos nossos dias de luta

Tudo isso só depende da conduta

E do jeito de agir de cada homem

Esquecendo a cor, a raça, o nome

E quebrando muralhas e paredes

Dando água a quem tem sede

E comida a quem tem fome.


Jaciel Bezerra