Poetas Independentes
JAIRO ARAUJO É FILHO DO MAESTRO E COMPOSITOR FRANCISQUINHO DIAS ARAUJO E DA PINTORA FLORISA SIQUEIRA CAMPOS.ADVOGADO,POETA, ESCRITOR, CANTOR E COMPOSITOR.
AINDA NA ADOLESCÊNCIA, NA ESCOLA OLAVO BILAC FEZ MOVIMENTO ESTUDANTIL E ESCREVEU NO JORNAL JUBILEU DE OURO, ALEM DE SER CORRESONDENTE EM SERTANIA DO JORNAL DIARIO DE PERNAMBUCO
AOS 17 ANOS DE IDADE PUBLICOU O SEU LIVRO "MINHA POESIA E MEU CRIME", COM PREFÁCIO ESCRITO PELO ESCRITOR ARIANO SUASSUNA.
ESCREVEU UMA PEÇA TEATRAL CHAMADA "A UTOPIA", DIRIGIDA POR WILSON FREIRE E ENCENADA PELO TEATRO DE ESTUDANTES DE SERTÃNIA, NOS ANOS 80 DO SÉCULO PASSADO.
FOI O PRIMEIRO ARTISTA PERNAMBUCANO A FAZER SHOW NO ENTÃO RECÉM INAUGURADO TEATRO GUARARAPES, NO CENTRO DE CONVENCÇÕES, EM RECIFE, NA DECADA DE 1980. DURANTE MUITOS ANOS DEDICOU-SE MUSICALMENTE A SE APRESENTAR NO CIRCUITO DE BARES NOTURNOS DA CAPITAL PERNAMBUCANA.
COMO COMPOSITOR TEVE INUMERAS MÚSICAS GRAVADAS , SENDO ALGUNS FREVOS NO CD "CARNAVAL DE SERTÂNIA"( AFASER- ASSOCIAÃO DOS FILHOS E AMIGOS DE SERTÃNIA- 2OO5 CENTENARIO DO FREVO), VARIOS FORRÓS NOS CDS "FUBA DE MILHO", DE DANIEL MEDEIROS E HEURISTAVARES,(2001), "NO CANTO DO FORRÓ", DE CESAR AMARAL (2003) E " SECA TIRANA,"(2005) E "SEMENTE", DANIEL MEDEIROS, (2OO2)
DE VIDA INTENSA , BOEMIA E IRREVERENTE, FALECEU AOS 47 ANOS DE IDADE, A 02 DE MAIO DE 2005.
CONCURSO DE POESIA
(JAIRO ARAUJO)
AQUI ESTOU, SENHORES
DA COMISSÃO JULGADORA.
DESNUDA , DETENTA,
PRESA A TAL FOLHA
DE TAMANHO OFÍCIO,
DE PEDRA DE HOSPITAL,
ZUMBI.
MORTA DE VERGONHA,
POIS ESSES MEUS SEIOS,
COXAS E BUNDAS,
Á MOSTRA DESSES DEZ OLHOS,
VISORES DA LITERÁRIA,
AMANTES DA GENITÁLIA.
SOU CRIATURA ETÉREA ,
FILHA DE CRIADOR ALADO,
ENCONTRO-ME FACILMENTE
AS PORTAS DOS CABARÉS,
JUNTO AS PUTAS, NAS QUEBRADAS.
CHAMAM-ME POESIA,
OUTROS PROSA , OUTROS VERSOS.
NASCI PEIXES,MOXOTÓ, BODES,
DESLIZANDO PRÁ MACACO,
CORUJA, RIO BRANCO,
ZABELÊ, Á BOBA!
SOU A BÍBLIA NO SUVACO
DAS BEATAS NO CIO,
SOU ALAGOA DE BAIXO,
SOU FEITA DE FACA E FLOR.
DE SAUDADE E DOS TEMPOS.
SOU CLAVE DE FRANCISQUINHO,
CANETA DE WALDEMAR,
SOU ÁGUA DO AÇUDINHO,
UM RETRATO DE WALMAR.
O PENSAMENTO EM CAROCHA
NO JUJU DO FILHO DELA,
EM PASTOR DE ESTRELINHA,
EM LA BELLE MISS PANELA.
AQUI ESTOU , SENHORES
JULGADORES DE MINHA VIDA,
ALGUNS ME CHAMAM VITÓRIA,
OUTROS ME CHAMAM PERDIDA.
LUIZ CARLOS MONTEIRO
Pernambucano de Sertânia, cidade do Sertão do Moxotó, radicado no Recife desde 1972. o de ser poeta, ., fez crítica literária e atuou também na área da ensaística. Formado em Letras e mestre em Teoria da Literatura pela UFPE.
Publicou os livros de poesia Na solidão do neon (Pirata, 1983), Vigílias (Fundarpe, 1990), Poemas (Ed. Universitária da UFPE, 1999), O impossível dizer e outros poemas (Bagaço, 2005) e de ensaios Para ler Maximiano Campos (Bagaço, 2008) e Musa fragmentada - a poética de Carlos Pena Filho (Ed. Universitária da UFPE, 2009).
Organizou, em colaboração com Antônio Campos, o livro de contos do Prêmio Maximiano Campos nas versões 2, 3 e 4 (IMC/Bagaço, 2008). Tem poemas publicados em antologias diversas, além de artigos e resenhas espalhados em sites, jornais e revistas de Pernambuco e de outros estados .Falecido em 2011..
OS NÁUFRAGOS E AFLITOS PROVÁVEIS
Luiz Carlos Monteiro
Não corra : ande no compasso
E não tente um só passo
Maior que as pernas
Pois irá constatar
Um abismo existente
Entre o concreto e o espaço
E poderá se esborrachar
Mantenha sua linha
Mas não abra sua guarda
Não mostre o seu jogo
E nem abandone seu posto.
Seja digno não se deixe dobrar,
E não dê o braço a torcer, triturar:
O navio ainda vai afundar...
Poeta publicou os livros de Poesia "Gonzaga, fole e baião, Pinto , viola e Canção(1991) e Canção Rurbana(1995). Nasceu em1961 e faleceu em 1997. Conquistou vários prêmios como poeta e compositor em concursos e festivais e teve canções gravadas por vários intéprestes famosos como Alcimar Monteiro, Marinez, Novinho da Paraíba, Flávio José, entre outros
Nomes como Zé Ramalho, Zelito Nunes, Maciel Melo,Adilson Medeiros, Cristina Amaral, Marcos Passos, Ésio Rafael , Marcos Cordeiro, Wilson Freire, Fernando Castelão, Ivano Rebeldia, Edy Carlos, entre outros, atestam a qualidade da escrita de Walmar.
CORAÇÃO DE POETA
(WALMAR)
CORAÇÃO DE POETA É TÃO SENSÍVEL
TÃO SENSÍVEL DE UM JEITO IMENSURÁVEL
QUE CONSEGUE SENTIR O INAUDÍVEL
E BEIJAR COM LEVEZA O INTOCAVEL
VER UM DEUS EM CADA MISERÁVEL
E CHORAR PELA DOR DE UM OPRIMIDO
MESMO VENDO SEU DONO POR VENCIDO
ELE APOSTA NA ÂNSIA DE VENCER
ETERNIZA A LIÇÃO DO APRENDER
E GARANTE QUE NADA ESTÁ PERDIDO
Wilson Freire (Bida) é de Sertânia, filho de Jaime Freire Santana (Tenente Jaime, filho de Vicente Santana e de Dona Dora Lima, é irmão de Padre Airton Freire( Escritor e Músico, Presidente da Fundação Terra),de Jairo Freire( ex- Vereador de Arcoverde, já falecido), Wellington Santana (Engenheiro elétrico e Sociólogo) , Marleide e Zélia. A Casa da família que fica localizada na Rua Velha , hoje abriga o Lar dos Santana, instituição que acolhe idosos, mantida pela Fundação Terra, com apoio da Prefeitura Municipal de Sertânia. Wilson, conhecido como Bida, é médico, compositor consagrado em festivais e parceiro de Antônio Nóbrega, Escritor com cerca de dez livros publicados e cineasta, tendo dirigido inúmeros filmes. Em Sertânia escreveu e dirigiu a peça teatral "Rua da Cruz, sem número", com trilha sonora original de Gripa de Sertânia. A peça abordava a questão da moradia popular e a desigualdade social numa área da periferia sertaniense.É poeta, contista, romancista, autor teatral, compositor, cineasta, com uma tuia de prêmios conquistados e outros a conquistar. Além de ex-aluno do CEOB- Colégio Estadual Olavo Bilac, em Sertânia- PE, foi um dos fundadores da Semana Estudantil de Artes de Sertânia e o primeiro presidente eleito da Casa de Estudante de Sertânia, em Recife. É médico . Fez parte do Movimento dos Escritores Independentes de Pernambuco.
CELA 64, RAIO LESTE
( WILSON FREIRE)
NA VOLTA PASSA NA FEIRA
APROVEITA E TRAZ PRÁ MIM
UM METRO DE CÉU AZUL,
TRAZ UM POR DE SOL CARMIM
UM CORTE DE LUA CHEIA
NEM QUE SEJA DE MURIM
ME TRAZ LEMBRANÇAS DA CHUVA
DIZ AO SOM QUE AMARELEI
LEVA UM RECADO PRO VENTO
DIZ A ELE QUE MOFEI
QUE PASSE NA CASA DELA
MAS NÃO DIGA O QUE EU PASSEI
E TRAZ AQUI NESTE FRASCO
UM CHEIRO QUALQUER DE MATO
PEGA MINHAS ALPERGATAS
LAVA ELAS NUM REGATO
TRAZ O BRILHO DOS OLHOS DELA
PRO ESCURO DESSE QUARTO.
TRAZ NUM BEIÇO UM ASSOBIO
DE UMA AVE CANTADEIRA
LEVA TODA MINHA PENA
PRÁ QUEM SOFRE A VIDA INTEIRA
ME DIZ SE A ESPERANÇA DELA
QUANDO MORRE É A DERRADEIRA...
SE PUDER TU TRAZ ZOADA
DE BICHO BRABO CORRENDO
ENROLADO NESTE LENÇO
TU ME TRAZ UM SOL NASCENDO
SE ELA TÁ CHEIA DE VIDA,
NÃO ME DIZ QUE EU TÔ MORRENDO
JÁ QUE TU VAI LÁ NA FEIRA, ME FAZ ESSA CARIDADE!!!!
Categoria: Casa dos Poetas, Poetas, Poetas de Sertânia
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