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Cantoria de Viola em Sertânia

Casa dos Poetas | 14:09 | 1 comentários

GATO VELHO

Um dos mais conhecidos poetas populares de Sertânia, começou a cantar aos 28 anos de idade, quando tornou-se viúvo , trocando a agricultura pela viola. Cantou com os grandes nomes do repente como João Furiba, Firmo Batista, Jó Patriota, Lourival Batista, entre tantos outros, mas fez dupla mesmo como o maior de Todos Pinto do Monteiro, que por muitos anos residiu em Sertânia-PE. Gato Velho cantou prá figuras ilustres como o senador do Paraná José Richa-ex governador, para o escritor Hermilo Borba Filho, numa Semana de Arte em Sertânia, juntamente com Pinto do Monteiro(foto) dono da Itapemirim Camilo Cola em sua residência em Cachoeira do Itapemirim, numa célebre viagem que fez ao estado do Espirito Santo, acompanhado do seu filho, o também cantador de Viola Genival Pereira(Gato Novo), Uma das suas grandes alegrias.

ASA BRANCA DO CEARÁ

Asa Branca do Ceará, como passou a ser tratado desde muito cedo, nasceu como José Geovaldo Gondim em 29 de julho de 1941, na cidade de Maurití, Estado do Ceará. Filho da dedicada professora de Língua Portuguesa, religiosa fervorosa e poetisa Maria de Lourdes Gondim(Enfermeira no Hospital de Sertânia, logo após sua fundação) e do Repentista Joaquim Neco de Sousa (Asa Branca de Sousa), de quem herdou o codinome Asa Branca e o dom do improviso. Viveu no Crato-CE, mas foi nas cidades de Sertânia e Monteiro, localizada no cariri paraibano que Asa Branca construiu sua carreira de artista da viola e do repente. Os primeiros versos datam de 1950, ou seja, quando tinha apenas 9 anos, tempo este em que já vendia cordéis na feira. As primeiras cantorias aconteceram por volta de 1956, quando contava com 15 anos. Chegou a morar em São Paulo entre 1970 e 1984, porém nunca se adaptou à cidade grande e desta forma, voltou para Monteiro (PB). Ao longo da sua trajetória, seja lá no Sertão nordestino, seja em São Paulo, além de repentista e cordelista Asa Branca do Ceará teve inúmeras atividades tais como marceneiro, alfaiate, radialista e até artista de circo e sobre isso ele fala nesta sextilha: Sou a mistura de artes Como o pintor faz nas telas Sou marceneiro, alfaiate Amante das coisas belas Tenho tantas profissões Que me perco dentro delas Asa Branca do Ceará destacava-se entre os demais repentistas pela beleza da rima e por seu aprofundamento nos temas e desta forma cantou com os grandes da época, como, por exemplo, Ivanildo Vila Nova, os irmãos Batista (Lourival, Dimas e Otácilio), Zé Faustino e finalmente com um dos maiores nomes da poesia popular nordestina, o lendário Pinto do Monteiro, a quem Asa Branca do Ceará consideraria seu segundo pai, dentro da poesia. É de Pinto do Monteiro esse verso feito numa cantoria, cujo tema tratado era a “saudade”: Esta palavra saudade Conheço desde criança Saudade de amor ausente Não é saudade (é lembrança) Saudade só é saudade Quando morre a esperança Voltando a Asa Branca do Ceará, nestes anos todos (mais de 55 anos de viola) ele participou de palestras em Universidades e de dezenas de festivais de repente, muito comuns entre as décadas dos anos de 1970 e 1990. Muitos dos seus trabalhos seguiram seus próprios caminhos, uma vez, que o poeta popular vive do improviso, falta-lhe a prática de manter arquivo e documentação de obras criadas. Alguma coisa fica na memória e a grande maioria nas mãos de quem os adquiriu. Encontra-se em plena atividade criativa aos 75 anos e ainda mantém por quase 20 anos, dois programas de rádio sobre a cultura popular nordestina. Um deles, chamado Varandão da Fazenda, na cidade de Princesa Isabel (PB), na Rádio Princesa Isabel, 970 AM e o outro é a Viola e a Sanfona, na Rádio FM Imprensa de Monteiro (PB).

GENIVAL PEREIRA ( Gato Novo)

Genival Pereira, O Gato Novo, nasceu a 20 de outubro de 1950, filho do Cantador de viola e autor de folhetos de Cordel Antônio Samuel Pereira, conhecido por Gato Velho, e parceiro de Pinto do Monteiro, o Rei dos Cantadores, em memoráveis cantorias e de da dona de casa Josefa Pereira da Silva. Órfão de mãe em tenra idade, foi criado por familiares. Apesar de boa desenvoltura na escola, só pode estudar até a 4ª série, pois teve que trabalhar na agricultura. Rapaz ,ainda trabalhou em outras profissões ,entre as quais a de metalúrgico no Recife. . Aos 25 anos abraçou a profissão do pai, sucedendo- o no ofício poético. Na companhia do seu genitor, como repentista relembra com orgulho de momentos especiais como quando cantaram no célebre aniversário de noventa anos do escritor e Mestre da poesia Ulysses Lins,o Trovador do Moxotó, na Fazenda Conceição, na presença também de outro Mestre da Poesia, Waldemar Cordeiro, o Gênio do Lirismo, ou na viagem que fizeram a Cachoeira de Itapemirim, no Espírito Santo, onde conheceram a Casa onde o Cantor e compositor Roberto Carlos nascera ,e, ainda , onde Cantaram na casa de Camilo Cola, dono da empresa de Ônibus Itapemirim, que agradou-se bastante da dupla formada por pai e filho. Na sua trajetória de repentista andarilho participou de Festivais de Violeiros em Olinda, Palmares, Caruaru, Bezerros, Garanhuns, Arcoverde, Sertânia, Custódia, São José do Egito, Afogados da Ingazeira, Tuparetama, em Pernambuco, além de Sumé, Prata, Monteiro e Patos, na Paraíba. Também manteve programas de repente, nas Rádios Meridional (Garanhuns-PE), Difusora ( Caruaru-PE),Cultura (Palmares-PE), Moxotó AM (Sertânia-PE) e Cardeal (Arcoverde-PE). Cantou em bodegas, bares, feiras,mercados, em casa de famílias de Sítios ou fazendas, também em escolas públicas. Um poeta que sendo do povo, vai aonde o povo está. Empresta sua voz para cantar as dores e alegrias deste povo, para derramar seu pranto e espalhar seu riso, para celebrar as boas novas e os sentimentos nobres da gente simples do povo. Fixou-se em Sertânia, cidade de poetas e escritores, terra de poetas da caneta, onde com seu grupo de parceiros de viola Zito Siqueira, Zilmo Siqueira, Sebastião Boca Rica, Zé Batista, Canário e os poetas Admastor Passos, Irasson Bezerra, Noé Alves, Fi de Deus, Nego e Seba Alves vem desenvolvendo um vasto trabalho, cultivando e divulgando a poesia popular em cantorias- pé- de parede, Festivais e apresentações em colégios e escolas. A as aproximação com os editores do jornal de Poesia Cabeça de Rato, levou não só a publicar seu poemas como também a abrir outros espaços, passando a ser presença obrigatória em eventos dos mais diversos como o FLIS- Festival Literário do Sertão e da SAPECAS- Sociedade dos Poeta, Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia, bem como servindo de tema para trabalhos de escolas e faculdades. O seu lado autoral também o fez compositor inspirado de músicas em diversos ritmos como vaneirão, baião, xote, canções de viola e músicas religiosas. Artistas como Damião Silva e Romero Silva já gravaram diversos trabalhos seus. O registro de sua produção tem sido através da gravação do CD “Viola é cultura”, em parceria com o poeta José Bartolomeu e a publicação do Cordel “Enterro de cachaceiro”, considerado um clássico de sua obra, sendo inclusive declamado pelo Mestre Chico Pedrosa em recitais por ai afora. A qualidade de sua poesia despertou o interesse do cinema. Foi convidado e Participou do diversos filmes, entre os quais “Nassau do sertão”, de Guilherme Araujo, “A botija”, de André Ferreira e “Arabesco Nordestino”, de Wilson Freire. Recentemente o diretor Alemão Dirck, realizou o documentário “Poetas do Povo”, onde Gato Novo é uma das estrelas do filme ao lado do genial Chico Pedrosa, que vem sendo exibido em diversas partes do mundo. Dei na Loba que Rômulo mamou nela Esgotei as águas do rio Nilo Fiz o mar acalmar ficar tranqüilo Ajudei fazer Eva da costela Fui na arca quebrei uma janela E ali soltei todos animais Implorei a meu Deus o pai dos pais O dilúvio parou em um minuto Fiz Noé passear no chão enxuto O que é que me falta fazer mais ZITO SIQUEIRA

Cantador de viola nascido em Monteiro-PB, Fixou-se em Sertânia-PE, Onde montou e negociou por muitos anos com um Comércio de queijos , carnes e doces. Sua Venda era ponto de encontro dos poetas da cidade: Waldemar Cordeiro, Gato Velho , Gato Novo, Irasson, Sebastião Boca Rica, Canário, Zé Batista, e vindo de Monteiro Asa Branca do Ceará e seu irmão Zilmo Siqueira. Cantou muitas vezes a viola com Gato Velho , Pinto do Monteiro, João Furiba, Firmo Batista e outros grandes nomes do repente. Seus filhos Zito Jr. e Luciano Magno são poetas de caneta. Zito Jr. publicou em memória um pequeno livreto do poeta e O poeta José Medeiros escreveu um cordel biográfico sobre Zito Siqueira. Viver em casa alheia não acho ser vantajoso se tá calado não presta se conversa é mentiroso se faz muito é enxerido se faz pouco é preguiçoso JOÃO LÍDIO

Nascido em Sertânia PE em 29 de agosto de 1990 residio em gravatá onde começou sua carreira poética em 2010 e passou a comandar programas de rádio. hoje em Caruaru fez parte do programa cantigas de viola na rádio jornal am ao lado de grandes poetas como Raimundo caetano Rogério meneses Raullino silva entre outros. Gravou cinco cds e tem participação em vários dvds de festivais pelo nordeste. Promovente de festivais e eventos em geral a exemplo do CIRCUITO DE CANTORIA DE PÉ DE PAREDE com os poetas IVANILDO VILA NOVA, LUCIANO LEONEL E ANTONIO LISBOA pelo governo do estado através do funcultura. O POETAS DO IMPROVISO em Gravatá sendo uma cantoria mensal. Atualmente mantem programas em Vitória de Santo Antão pela Cultural AM 1180 e em Taquaritinga pela Farol FM 90,5. O SAL DAS LÁGRIMAS DEU GOSTO AO MEU SORRISO FORÇADO QUE POR MIM POR MUITAS VEZES INSISTENTEMENTE USADO TENTOU ESCONDER AS MÁGOAS MAS NUNCA DEU RESULTADO

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Um comentário:

  1. Bom dia
    Sou sobrinho Neto de Gato Velho, gostaria de entrar em contato com alguém de sua família em Sertânia.
    Preciso do folheto que ele fez contando à sua história de vida.
    Agradeço

    Alonisio
    E-mail Alonisio@yahoo.com.BR
    Whats 83 999923835

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