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Poetas Jovens

Casa dos Poetas | 18:39 | 0 comentários

Alane  Uilma









*Alane Uilma, 21 Anos de idade. De origem Paraibana, Poeta, Artesã, Que mostra o amor e a finalidade da arte por todos os passos vivos dentre a terra!. Cursou sua educação básica na EREMOB, onde sempre se destacou na leitura e na poesia, recebendo elogios e estímulo dos professores , entre os quais, Antonio Amaral e Gilberto Farias. Através do Professor Josessandro Andrade publicou em 2012 um livreto de poemas de sua autoria. É casada como também poeta e escritor Marcus Feitosa, autor do Livro Verbo Vivo

          
          Alane Uilma*
Quente a brasa que ama

Fogo que imagina você na cama

Se pudesse falar tudo que sinto

As idealizações que já fiz na mente

Aquele corpo não o perfeito

mas o ideal pra mim.

Aquele peito coberto de pelos

 do qual volto a sonhar, imaginar o tempo inteiro.

 Aquele braço o qual abraço e sinto o amor verdadeiro

 Ah o sussurrar que me leva ao alto

 onde posso me sentir viva em ser amada.

 E os olhos em quais olhares te desvendo por inteiro!

Não quero em ti a melhor roupa,

 tua pele macia e perfumada á me sacia

. Quero deitar em teus braços

, te namorar... Te morder... Te azunhar

e me despir aos teus olhos... Quentes as chamas,

 doce ao mel e saboroso como quem te chama.

 Posso ser tua dama... Tua gata e teu ideal....

Te levar café na cama te alimentar

e depois acabar com o vicio,

de prazer da mulher que só a ti ama!




Marcus Feitosa









Marcus Feitosa é poeta escritor tendo publicado em edição independente o seu livro de poemas Verbo Vivo.  Sua poesia caracteriza-se pelo apego as formas tradicionais de estrofação e rima, mas com um ritmo próprio, dando aos seu poemas uma dicção interessante.




A mãe e o filho
-Dedicado a minha irmã Marta Feitosa e seu filho Simão Pedro-

A mãe tem que está próxima ao filho
Como a locomotiva imponente sobre o trilho
A mãe é o porto seguro da sua criança
O colo da mãe feito de calor, amor e esperança.
Mãe palavra tão linda que nem rima tem
É a coisa mais sagrada que o ser humano tem
E se perde a força e a vibração...
O individuo pode ter a certeza...
Que a sua mãe lhe daria seu próprio coração
Mãe e filho, mãe e filha, mãe e filhos...
Normalidade em doce harmonia
Feliz do filho que ainda tem a mãe...
Para lhe acalentar a cada fim do dia.
















 Marta Feitosa















.
Marta Gomes Feitosa nasceu em Sertânia-PE, 1982. Estudou na Escola Olavo Bilac e é funcionária dos Correios, em Monteiro-PB. Entre idas e vindas na escrita da poesia, agora retoma a atividade com mais convicção de seu oficio de poetisa.ura mais atenda

Uma leitura mais atenta de seus poemas nos mostra a emocionante expressão poética de uma alma  comovida. Construção literária que alterna versos livres e rimas, com apurada economia verbal , linguagem simples, porém permeada de densidade.



Dupla face
                              Marta Feitosa.

Hoje cedo deparei-me com ela

provocante,excitante,bela

oposto  mim, ela é extrovertida

sem se preocupar com a vida


Ela sempre vem me visitar

ela sempre está a me perturbar

ela sempre rouba minha cena

ela está na sua forma mais plena

Ela rir sempre a toa

ela canta,grita,entoa

ela sempre se destaca

ela sempre contra ataca

ao contrário de mim

que sou tão tímida assim...

ao oposto do meu ser

ela sabe o que é viver

Ela anda ponta a ponta

e nuca se deu conta

que seu jeito é o meu


e que sempre ela sou eu

como dupla personalidade

pra falar a verdade

essa minha personagem 

é minha própria imagem

talvez um lado oculto

ou tão somente um  vulto 

criador e criatura 

num relance de loucura

Ela é o meu oposto

dupla face no meu rosto

então escolha a quem visa

personagem ou poetisa?

  



Blindar
Marta Feitosa.








Quero saber
se o coração posso blindar
pra não mais sofrer
pra não mais amar
Quero saber 
se o coração posso blindar 
pra não mais doer
pra não mais penar
Quero saber 
se o coração posso blindar
pra não mais perder
pra não mais calar
Quero saber
se o coração posso blindar 
pra não mais morrer
pra não mais chorar

 Vi tão. ..amor

Marta Feitosa


Vi tão intenso

um amor imenso

se revelar

Vi tão profano

um amor insano

se acabar

vi tão profundo

um amor imundo

me maltratar

vi tão doente

um amor carente

se extinguir

vi tão fulgaz

um amor voraz

me iludir

vi tão bonito

um amor infinito

se destruir.

vi tão veloz

um amor algoz

me desmerecer

vi tão calado

um amor parado

me estremecer

vi tão escuro

um amor seguro

me fortalecer.


 Amor?

Marta Feitosa





Por que ainda insisto em amor?
se creio que não existe

se no meu coração só tem dor

porque ele ainda insiste?

e sempre digo,ó coração 

não acredito no que profetas

creio que esse tal amor é ilusão 

não passa de invenção dos poetas

Se o verdadeiro amor existesse

por que tanto sofrimento ?

é como se a gente insistisse

em manter esse sentimento

Prefiro ser poetisa solitária 

prefiro não receber flores 

do que ser considerada otária

por pseudo amores.

Prefiro revelar amor 

nesses versos escondidos

do que ter um falso calor

de algo sem sentido

Prefiro mais é hesitar

prefiro o papel branco

do que outra vez amar

e sobre mim cair barrancos

não temo à noite escura

nem tenho mais agonia

prefiro,na boca a secura

do que tomarem minha alegria

prefiro o fechamento

prefiro que ele não exista

do que ter um sentimento 

estampado em minha vista

Preciso lembrar 

que o destino me quer só 

prefiro não amar

que ver meu meu pó

Prefiro não me apegar

prefiro tudo casual

que não chegue machucar 

que seja mesmo algo banal.

  
 Louco

Sou mais um louco

dentre muitos, pouco

oscilo entre lucidez e loucura 

sem remédio, sem cura

Sou apenas um sem juízo 

que se vê no prejuízo 

nas extremidades, nos pólos

procurando firmes solos

Um maluco a cada dia

misturando a euforia

com a morte e a tristeza 

num minuto  sem firmeza

num momento  estou doente

em um outro estou contente

um relato bipolar

sem laudo comprovar.

um doido preso a um sonho

se nada mas eu proponho

acabo por ser só  louco

dentre muitos, sou pouco.



Mal agouro

Marta Feitosa









Eu sou o olho cego  de Lampião

sou a roda do carro-de-mão

eu sou o cabrunco do bode 

sou comigo -ninguém -pode

eu sou o corte da peixeira

sou a ferida da bicheira

sou a vaca que morreu de sede

sou o defunto levado na rede

sou o agouro da rasga-mortalha 

sou o sangue na navalha

o espinho do mandacaru

a carniça do urubu.

sou o motivo da intriga

do moleque,sou a lombriga

sou a dor do unheiro

sou o encontro do cobreiro.


Último adeus

Marta Feitosa

No dia sete de setembro 
de dois mil e quinze o ano

me topei com o desengano 

e o dia entristeceu

oito horas da manhã 

quando meu pai faleceu

Era pra ser dia animado

dia da independência 

mas naquele feriado

foi um dia de carência 

dolorosa despedida 

morria pai,o homem da minha vida.

Nos meus braços o homem se acabava

fazendo o que mais gostava

bem na hora da comida 

findava-se aquela vida.

Começou a grande agonia

quando a morte invadiu

naquele tristonho dia

o meu pai sucumbiu

E ainda pra piorar

pra acabar de acertar

trucidar o coração me deram uma dolorosa missão :

Ir à casa funerária 

escolher o seu caixão

É difícil entender 

mais difícil é esquecer 

naquela triste segunda-feira

não houve nenhuma maneira

de não ficar tudo obscuro 

Aos sete de setembro se fora meu porto seguro.






Daiane Rocha




Daiane Rocha É de Sertânia-PE, onde estudou na EREMOB e é graduada em Jornalismo no Recife-PE, onde mora. Tem origens no Distrito de Algodões, com  forte inclinação familiar para o mundo das letras, seu pai Cândido Rocha  é escritor memorialista e sua irmã Michele Rocha é graduada em Letras e professora na EREMOB..  Sua poesia tem um forte sentimento nativista e de identidade com a terra e a gente sua, com uma delicadeza que impressiona.


Quando um dia eu embora for
Grata serei porque nenhuma dor
Foi capaz de tirar de mim o brilho e a vontade de viver.
Quando nada mais restar
Eu vou continuar a amar
A vida que em mim ainda será viva
Porque quem vive em poesia
Nunca morre
Mas vive eternizado em cada alma e coração.

Daiane Rocha.






Derivaldo Santana









Poeta, nascido em 1992, estudou na Escola Municipal Etelvino  Lins, onde despertou para a Poesia através das aulas do Professor Josessandro Andrade e do colega de turma Gilmarques Andrade. Participou do Projeto a poesia em sala de aula e  com ele  teve participação no Documentário “Poetas de Repente”,  Filme dirigido por Hilton Lacerda, que foi produzido pela Fundação Joaquim Nabuco- FUNDAJ – e distribuído para mais de 50 países.
O POETA PROFESSOR
 DEDICADO  A   JOSESSANDRO ANDRADE
DERIVALDO SANTANA




MESTRE JOSESSANDRO ANDRADE
JOVEM DE MUITA ALEGRIA
POETA E PROFESSOR
TRABALHA  NOITE E DIA
DANDO AULAS NAS ESCOLAS
E FAZENDO POESIAS

PARA FAZER POESIA
É PRECISO INSPIRAÇÃO
DEDICAR-SE A PREPARAR
E FAZER A CONCLUSÃO
ISSO JOSESSANDRO ANDRADE
FAZ SEM COMPLICAÇÃO

EU FALO ISSO SEM MEDO
POR SER UM CONHECEDOR
DO TALENTO DESSE HOMEM
PARA COMO EDUCADOR
E FALO COM MUITO ORGULHO
POR TER TIDO JOSESSANDRO
COMO  MEU PROFESSOR


PERSEGUIDO NA CIDADE
POR FALAR O QUE PENSA
E AOS PÉS DOS PODEROSOS
NUNCA A CABEÇA BAIXAR
FALAR SEM MEDO OU TEMOR
O QUE SE DEVE MUDAR
PARA UMA CIDADE MELHOR
ONDE TODOS POSSAM MORAR



Victor Gabriel








Victor Gabriel-  Nascido em 1999, em Juquiá –SP, mudou-se para Sertânia-PE, aos 4 anos de idade. Desde a infância cultiva a poesia e se apresenta em escolas como morador da zona rural. Estudante, é aluno da EREMOB, onde fez parte do Grupo Vozes da Poesia, formado por alunos e alunas daquela escola, por incentivo do professor Josessandro Andrade.


                  DAMA  ROSADA
                             Victor Gabriel

Minha Dama da pele rosada
Corpo que transvasa o sabor da maçã
Do romantismo é a mulher idealizada
É dos meus dias o nascer da manhã

Ao cair da noite inconsequente
Com um desejo compulsivo e inquietude
Tiro sua roupa e levemente
E teus seios macios acaricio com virtude

Te amando no clarear do luar
Admiro as curvas do seu corpo virgem bela
Com o suor que se mistura no ar
Não há dama que faça amor como ela

Fazendo amor em um prazer carnal
Me entrego aos meus vícios em nossa cama
As vezes com um pensamento irracional
Descontente e contente da mulher que ama

Encerrando a noite com troca de beijos
Olhando o seu rosto logo enfraqueço
Que a Dama rosada dos  meus grandes cortejos
Era minha antiga paixão, de quem nunca esqueço.






        Tuanny Dantas







Tuanny Dantas é de Sertânia, cursou  a educação básica na Escola Professor Jorge de Menezes, onde participou do Movimento Estudantil Renascer, em cujo jornal Renascer publicou inicialmente seus poemas. Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), É uma das mais expressivas vozes femininas da nova geração de poetas de Sertânia e do Moxotó.











MUDA MUNDO MUDO
                                      Tuanny Dantas













Transcrevi meus pensamentos

 Em um mínimo ato

Nesse sistema complexo e insensato

Aprendi que a liberdade nunca é demais

 E Viver, é exceder-se

Mostrar o que é capaz

 Nessas curvas incertas,

 deslizando

Momentos vêm e vão

Enaltecem e reaparecem à mente

Mostrando a pura confusão,

 permanente Nesse barco à deriva

Os raciocínios humanos afundam

E aprofundam

A conturbação definitiva

 Em uma tempestade qualquer.

 O descanso, indescansável

Flagela-se onde estiver

E no digno ato de viver

 Que faz ter e perder

 Perder e ter

Faz-se presa, mais uma vez

A certeza do talvez



QUEM SER?
                           (Tuanny Dantas)














 Nesse mundo insano

 A regra é crescer por engano

 Quem me dera,

 por um triz

 Largar todo esse embaraço

E pra sempre ser feliz

 Em humores de palhaço


Nesse conto de fadas

Se jogar em dramas ou piadas

É a única saída certa

 Viver um amor desequilibrado

Em cenários disfarçados

 Sem temer o que a vida apronta

 Pois, tudo

é só no ‘faz de conta

’Nesse jogo de identidades

Ser palhaço ou ator

Não preenchem a total liberdade

Ser tu mesmo é a questão

Com total libertação

Sem temer ou se perder

 Nesse entrelaço do ‘quem ser’


PASSADO PRESENTE
Tuanny Dantas
Naquelas noites frias
Em que até o sertão ousa congelar
O pensamento vaga tão distante, pra tão longe que até fronteiras chega a ultrapassar
Ventanias de palavras trazem os mais diversos instantes
E no peito, até recordações martelantes,
Voltam a sobrevoar
De repente um calafrio
Daqueles que levam o coração a mil
Começa a incomodar
No despertar de uma canção ao lado
A lembrança de um velho passado
Tornou a provocar Voltando há um tempo não muito distante
A cortesia de um mero instante
Trouxe recordações pertinentes
E a única saída (covarde) eram aquelas barreiras resistentes
Que tinham força pra refrear
Fria e resistente
A noite fez-se a continuar
Que até espinho de mandacaru
Em possibilidade nenhuma
Ousaria encomodar
E seguiu-se o tempo
A noite fez-se dia
E o dia fez-se distante

Daquele frio atraente
Do passado envolvente
Que ficaria a recordar


MANÉ GALEGO






Nascido em 2000, em Sertânia –PE  John é aluno da EREMOB. Poeta, cantor, compositor e músico, faz parte dos quadros da SAPECAS- Sociedade dos Poetas, Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia-PE. Participa da Casa dos Poetas de Sertânia-PE.

Poema sem nome nº 7
(Mané Galego)

Encontro-me a contemplar

A lembrança viva de seu olhos em minha mente

Enquanto admiro a lua que pos-se a brilharo)o

Como uma luz fraca e alegria descontente



Clamo-te, segue a quem te ama, o bem mais precioso,

Dai com um gesto a sensação de paraíso,

Deixa-me invejar atencioso

O  átomo do teu sorriso.



A angina da falta crucifica minha alegria

Levando me em um  Acácio até o mar azul  sem fim

Mas uma vez troco a noite pelo dia

Procurando o  poema mais lindo que possa vim


Quem dera um dia um poeta escrever

Na mais intensa inspiração

Consiga com versos em folha fazer

Rimas que se comparem a tua perfeição.



Jaciel Bezerra






Jaciel Bezerra da Silva nasceu em Sertânia e mora na Comunidade do Alto do Ceu. Estudou na Escola Municipal Etelvino Lins, onde revelou-se para a poesia, que começou a praticar desde os 6 anos de idade. Ali, com incentivo do Professor e poeta Josessandro Andrade, venceu concursos poéticos e tornou-se  conhecido como poeta. Aprendeu tocar violão, tornou-se músico , compositor e cantor e montou algumas bandas musicais que não prosseguiram. Prá ganhar a vida trabalhou como padeiro e ingressou na Construção civil, trabalhando como servente e pedreiro, tendo residido em Petrolina-PE, Recife-PE e outras cidades. É membro da SAPECAS- Sociedade dos Poetas, Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia-PE, Vem se apresentando na Casa dos Poetas, em Sertânia-PE declamando seus poemas nas cantorias de viola, bem como se apresentou Na Jornada Literária Portal do Sertão do SESC, em Pesqueira-PE, e na Festa da Poesia(Aniversário dos 28 anos  do Jornal de Poesia Cabeça de Rato), no Teatro Jansen Filho , em Monteiro-PB.

Solidariedade dez
(Jaciel Bezerra)


Ouça isso atentamente

Arraste a cadeira e sente

Que agora vou falar

Depois que estiver sentado

Ouça  com muito cuidado

O que vou manifestar


Escute bem o meu verso

Espalhe para o universo

Nem precisa por meu nome

Espalhe em todas as redes

De água a quem tem sede

E dê comida a quem tem fome.



Se espelhe em Jesus

Carregue a sua cruz

Faça a cidadania

Não bote arma na mão

E não atinja o irmão

Dê a ele uma poesia



Não viva se lastimando

Espante os medos cantando

Se puder adote um órfão

Que com certeza lhe abranje

Faça um gesto, doe sangue

Se desejar, doe um órgão.



Viva veros, faça rima,

Dê sempre a volta por cima

E serás um vencedor

Viva do jeito de Deus

Que as rimas e versos meus

Foi ele que me enviou



Veja um deus em cada miserável

Faça conta ao que não se presta

Que é assim que Deus nos testa

Nos nossos dias de luta

Tudo isso só depende da conduta

E do jeito de agir de cada homem

Esquecendo a cor, a raça, o nome

E quebrando muralhas e paredes

Dando água a quem tem sede

E comida a quem tem fome.


Jaciel Bezerra

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