Poetas Jovens
Alane Uilma
*Alane Uilma, 21 Anos de idade. De origem Paraibana, Poeta, Artesã, Que
mostra o amor e a finalidade da arte por todos os passos vivos dentre a terra!.
Cursou sua educação básica na EREMOB, onde sempre se destacou na leitura e na
poesia, recebendo elogios e estímulo dos professores , entre os quais, Antonio
Amaral e Gilberto Farias. Através do Professor Josessandro Andrade publicou em
2012 um livreto de poemas de sua autoria. É casada como também poeta e escritor
Marcus Feitosa, autor do Livro Verbo Vivo
Alane Uilma*
Quente a brasa que ama
Fogo que imagina você na cama
Se pudesse falar tudo que sinto
As idealizações que já fiz na mente
Aquele corpo não o perfeito
mas o ideal pra mim.
Aquele peito coberto de pelos
do qual volto a sonhar, imaginar
o tempo inteiro.
Aquele braço o qual abraço e
sinto o amor verdadeiro
Ah o sussurrar que me leva ao
alto
onde posso me sentir viva em ser
amada.
E os olhos em quais olhares te
desvendo por inteiro!
Não quero em ti a melhor roupa,
tua pele macia e perfumada á me
sacia
. Quero deitar em teus braços
, te namorar... Te morder... Te azunhar
e me despir aos teus olhos... Quentes as chamas,
doce ao mel e saboroso como quem
te chama.
Posso ser tua dama... Tua gata e
teu ideal....
Te levar café na cama te alimentar
e depois acabar com o vicio,
de prazer da mulher que só a ti ama!
Marcus Feitosa
Marcus Feitosa é poeta escritor tendo publicado em edição independente o seu livro de poemas Verbo Vivo. Sua poesia caracteriza-se pelo apego as formas tradicionais de estrofação e rima, mas com um ritmo próprio, dando aos seu poemas uma dicção interessante.
A mãe e o filho
-Dedicado a minha irmã Marta Feitosa e seu filho Simão Pedro-
A mãe tem que está próxima ao filho
Como a locomotiva imponente sobre o trilho
A mãe é o porto seguro da sua criança
O colo da mãe feito de calor, amor e esperança.
Mãe palavra tão linda que nem rima tem
É a coisa mais sagrada que o ser humano tem
E se perde a força e a vibração...
O individuo pode ter a certeza...
Que a sua mãe lhe daria seu próprio coração
Mãe e filho, mãe e filha, mãe e filhos...
Normalidade em doce harmonia
Feliz do filho que ainda tem a mãe...
Para lhe acalentar a cada fim do dia.
Marta Feitosa
.
Marta
Gomes Feitosa nasceu em Sertânia-PE, 1982. Estudou na Escola Olavo Bilac e é
funcionária dos Correios, em Monteiro-PB. Entre idas e vindas na escrita da
poesia, agora retoma a atividade com mais convicção de seu oficio de
poetisa.ura mais atenda
Uma
leitura mais atenta de seus poemas nos mostra a emocionante expressão poética
de uma alma comovida. Construção literária que alterna versos livres e
rimas, com apurada economia verbal , linguagem simples, porém permeada de
densidade.
Dupla face
Marta
Feitosa.
Hoje cedo deparei-me com
ela
provocante,excitante,bela
oposto mim, ela é extrovertida
sem se preocupar com a vida
Ela sempre vem me
visitar
ela sempre está a me perturbar
ela sempre rouba minha cena
ela está na sua forma mais plena
Ela rir sempre a toa
ela canta,grita,entoa
ela sempre se destaca
ela sempre contra ataca
ao contrário de mim
que sou tão tímida assim...
ao oposto do meu ser
ela sabe o que é viver
Ela anda ponta a ponta
e nuca se deu conta
que seu jeito é o meu
e que sempre ela sou eu
como dupla personalidade
pra falar a verdade
essa minha personagem
é minha própria imagem
talvez um lado oculto
ou tão somente um vulto
criador e criatura
num relance de loucura
Ela é o meu oposto
dupla face no meu rosto
então escolha a quem visa
personagem ou poetisa?
Blindar
Marta Feitosa.
Quero saber
se o coração posso blindar
pra não mais sofrer
pra não mais amar
se o coração posso blindar
pra não mais sofrer
pra não mais amar
Quero saber
se o coração posso blindar
pra não mais doer
pra não mais penar
se o coração posso blindar
pra não mais doer
pra não mais penar
Quero saber
se o coração posso blindar
pra não mais perder
pra não mais calar
se o coração posso blindar
pra não mais perder
pra não mais calar
Quero saber
se o coração posso blindar
pra não mais morrer
pra não mais chorar
se o coração posso blindar
pra não mais morrer
pra não mais chorar
Vi tão. ..amor
Marta Feitosa
Vi tão intenso
um amor imenso
se revelar
Vi tão profano
um amor insano
se acabar
vi tão profundo
um amor imundo
me maltratar
vi tão doente
um amor carente
se extinguir
vi tão fulgaz
um amor voraz
me iludir
vi tão bonito
um amor infinito
se destruir.
vi tão veloz
um amor algoz
me desmerecer
vi tão calado
um amor parado
me estremecer
vi tão escuro
um amor seguro
me fortalecer.
Amor?
Marta Feitosa
Por que ainda insisto em amor?
se creio que não existe
se no meu coração só tem dor
porque ele ainda insiste?
e sempre digo,ó coração
não acredito no que profetas
creio que esse tal amor é ilusão
não passa de invenção dos poetas
Se o verdadeiro amor existesse
por que tanto sofrimento ?
é como se a gente insistisse
em manter esse sentimento
Prefiro ser poetisa solitária
prefiro não receber flores
do que ser considerada otária
por pseudo amores.
Prefiro revelar amor
nesses versos escondidos
do que ter um falso calor
de algo sem sentido
Prefiro mais é hesitar
prefiro o papel branco
do que outra vez amar
e sobre mim cair barrancos
não temo à noite escura
nem tenho mais agonia
prefiro,na boca a secura
do que tomarem minha alegria
prefiro o fechamento
prefiro que ele não exista
do que ter um sentimento
estampado em minha vista
Preciso lembrar
que o destino me quer só
prefiro não amar
que ver meu meu pó
Prefiro não me apegar
prefiro tudo casual
que não chegue machucar
que seja mesmo algo banal.
Sou mais um louco
dentre muitos, pouco
oscilo entre lucidez e loucura
sem remédio, sem cura
Sou apenas um sem juízo
que se vê no prejuízo
nas extremidades, nos pólos
procurando firmes solos
Um maluco a cada dia
misturando a euforia
com a morte e a tristeza
num minuto sem firmeza
num momento estou doente
em um outro estou contente
um relato bipolar
sem laudo comprovar.
um doido preso a um sonho
se nada mas eu proponho
acabo por ser só louco
dentre muitos, sou pouco.
Mal agouro
Marta Feitosa
Eu sou o olho cego de Lampião
sou a roda do carro-de-mão
eu sou o cabrunco do bode
sou comigo -ninguém -pode
eu sou o corte da peixeira
sou a ferida da bicheira
sou a vaca que morreu de sede
sou o defunto levado na rede
sou o agouro da rasga-mortalha
sou o sangue na navalha
o espinho do mandacaru
a carniça do urubu.
sou o motivo da intriga
do moleque,sou a lombriga
sou a dor do unheiro
sou o encontro do cobreiro.
Último adeus
Marta Feitosa
No dia sete de setembro
de dois mil e quinze o ano
me topei com o desengano
e o dia entristeceu
oito horas da manhã
quando meu pai faleceu
Era pra ser dia animado
dia da independência
mas naquele feriado
foi um dia de carência
dolorosa despedida
morria pai,o homem da minha vida.
Nos meus braços o homem se acabava
fazendo o que mais gostava
bem na hora da comida
findava-se aquela vida.
Começou a grande agonia
quando a morte invadiu
naquele tristonho dia
o meu pai sucumbiu
E ainda pra piorar
pra acabar de acertar
trucidar o coração me deram uma dolorosa missão :
Ir à casa funerária
escolher o seu caixão
É difícil entender
mais difícil é esquecer
naquela triste segunda-feira
não houve nenhuma maneira
de não ficar tudo obscuro
Aos sete de setembro se fora meu porto seguro.
Daiane Rocha
Daiane Rocha É de Sertânia-PE, onde estudou na EREMOB e é graduada em Jornalismo no Recife-PE, onde mora. Tem origens no Distrito de Algodões, com forte inclinação familiar para o mundo das letras, seu pai Cândido Rocha é escritor memorialista e sua irmã Michele Rocha é graduada em Letras e professora na EREMOB.. Sua poesia tem um forte sentimento nativista e de identidade com a terra e a gente sua, com uma delicadeza que impressiona.
Quando um dia eu embora for
Grata serei porque nenhuma dor
Foi capaz de tirar de mim o brilho e a vontade de viver.
Grata serei porque nenhuma dor
Foi capaz de tirar de mim o brilho e a vontade de viver.
Quando nada mais restar
Eu vou continuar a amar
A vida que em mim ainda será viva
Porque quem vive em poesia
Nunca morre
Mas vive eternizado em cada alma e coração.
Eu vou continuar a amar
A vida que em mim ainda será viva
Porque quem vive em poesia
Nunca morre
Mas vive eternizado em cada alma e coração.
Daiane Rocha.
Derivaldo Santana
Poeta, nascido em 1992, estudou na Escola Municipal Etelvino Lins, onde despertou para a Poesia através
das aulas do Professor Josessandro Andrade e do colega de turma Gilmarques
Andrade. Participou do Projeto a poesia em sala de aula e com ele
teve participação no Documentário “Poetas de Repente”, Filme dirigido por Hilton Lacerda, que foi
produzido pela Fundação Joaquim Nabuco- FUNDAJ – e distribuído para mais de 50
países.
O POETA PROFESSOR
DEDICADO
A JOSESSANDRO ANDRADE
DERIVALDO SANTANA
MESTRE JOSESSANDRO ANDRADE
JOVEM DE
MUITA ALEGRIA
POETA E
PROFESSOR
TRABALHA NOITE E DIA
DANDO AULAS
NAS ESCOLAS
E FAZENDO
POESIAS
PARA FAZER
POESIA
É PRECISO
INSPIRAÇÃO
DEDICAR-SE A
PREPARAR
E FAZER A
CONCLUSÃO
ISSO
JOSESSANDRO ANDRADE
FAZ SEM
COMPLICAÇÃO
EU FALO ISSO
SEM MEDO
POR SER UM CONHECEDOR
DO TALENTO
DESSE HOMEM
PARA COMO
EDUCADOR
E FALO COM
MUITO ORGULHO
POR TER TIDO
JOSESSANDRO
COMO MEU PROFESSOR
PERSEGUIDO
NA CIDADE
POR FALAR O
QUE PENSA
E AOS PÉS
DOS PODEROSOS
NUNCA A
CABEÇA BAIXAR
FALAR SEM
MEDO OU TEMOR
O QUE SE
DEVE MUDAR
PARA UMA
CIDADE MELHOR
ONDE TODOS
POSSAM MORAR
Victor Gabriel
Victor Gabriel- Nascido em 1999, em Juquiá –SP, mudou-se para
Sertânia-PE, aos 4 anos de idade. Desde a infância cultiva a poesia e se
apresenta em escolas como morador da zona rural. Estudante, é aluno da EREMOB,
onde fez parte do Grupo Vozes da Poesia, formado por alunos e alunas daquela
escola, por incentivo do professor Josessandro Andrade.
DAMA ROSADA
Victor Gabriel
Minha Dama da pele rosada
Corpo que transvasa o sabor da maçã
Do romantismo é a mulher
idealizada
É dos meus dias o nascer da manhã
Ao cair da noite inconsequente
Com um desejo compulsivo e
inquietude
Tiro sua roupa e levemente
E teus seios macios acaricio com
virtude
Te amando no clarear do luar
Admiro as curvas do seu corpo
virgem bela
Com o suor que se mistura no ar
Não há dama que faça amor como
ela
Fazendo amor em um prazer carnal
Me entrego aos meus vícios em
nossa cama
As vezes com um pensamento
irracional
Descontente e contente da mulher
que ama
Encerrando a noite com troca de
beijos
Olhando o seu rosto logo enfraqueço
Que a Dama rosada dos meus grandes cortejos
Era minha antiga paixão, de quem
nunca esqueço.
Tuanny
Dantas
Tuanny Dantas é de Sertânia,
cursou a educação básica na Escola
Professor Jorge de Menezes, onde participou do Movimento Estudantil Renascer,
em cujo jornal Renascer publicou inicialmente seus poemas. Graduada em Ciências
Contábeis pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), É uma das mais
expressivas vozes femininas da nova geração de poetas de Sertânia e do Moxotó.
MUDA MUNDO MUDO
Tuanny Dantas
Transcrevi meus pensamentos
Em um mínimo ato
Nesse sistema complexo e insensato
Aprendi que a liberdade nunca é demais
E Viver, é exceder-se
Mostrar o que é capaz
Nessas curvas incertas,
deslizando
Momentos vêm e vão
Enaltecem e reaparecem à mente
Mostrando a pura confusão,
permanente Nesse barco à deriva
Os raciocínios humanos afundam
E aprofundam
A conturbação definitiva
Em uma tempestade qualquer.
O descanso, indescansável
Flagela-se onde estiver
E no digno ato de viver
Que faz ter e perder
Perder e ter
Faz-se presa, mais uma vez
A certeza do talvez
QUEM SER?
(Tuanny Dantas)
Nesse mundo insano
A regra é crescer por engano
Quem me dera,
por um triz
Largar todo esse embaraço
E pra sempre ser feliz
Em humores de palhaço
Nesse conto de fadas
Se jogar em dramas ou piadas
É a única saída certa
Viver um amor desequilibrado
Em cenários disfarçados
Sem temer o que a vida apronta
Pois, tudo
é só no ‘faz de conta
’Nesse jogo de identidades
Ser palhaço ou ator
Não preenchem a total liberdade
Ser tu mesmo é a questão
Com total libertação
Sem temer ou se perder
Nesse entrelaço do ‘quem ser’
MANÉ GALEGO
Nascido em 2000, em Sertânia
–PE John é aluno da EREMOB. Poeta,
cantor, compositor e músico, faz parte dos quadros da SAPECAS- Sociedade dos
Poetas, Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia-PE. Participa da Casa
dos Poetas de Sertânia-PE.
Poema sem nome nº 7
(Mané Galego)
Encontro-me a contemplar
A lembrança
viva de seu olhos em minha mente
Enquanto admiro
a lua que pos-se a brilharo)o
Como uma luz
fraca e alegria descontente
Clamo-te, segue
a quem te ama, o bem mais precioso,
Dai com um
gesto a sensação de paraíso,
Deixa-me
invejar atencioso
O átomo do teu sorriso.
A angina da
falta crucifica minha alegria
Levando me em
um Acácio até o mar azul sem fim
Mas uma vez
troco a noite pelo dia
Procurando o poema mais lindo que possa vim
Quem dera um
dia um poeta escrever
Na mais intensa
inspiração
Consiga com
versos em folha fazer
Rimas que se
comparem a tua perfeição.
Jaciel Bezerra
Jaciel Bezerra
da Silva nasceu em Sertânia e mora na Comunidade do Alto do Ceu. Estudou na
Escola Municipal Etelvino Lins, onde revelou-se para a poesia, que começou a
praticar desde os 6 anos de idade. Ali, com incentivo do Professor e poeta
Josessandro Andrade, venceu concursos poéticos e tornou-se conhecido como poeta. Aprendeu tocar violão,
tornou-se músico , compositor e cantor e montou algumas bandas musicais que não
prosseguiram. Prá ganhar a vida trabalhou como padeiro e ingressou na
Construção civil, trabalhando como servente e pedreiro, tendo residido em
Petrolina-PE, Recife-PE e outras cidades. É membro da SAPECAS- Sociedade dos
Poetas, Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia-PE, Vem se apresentando
na Casa dos Poetas, em Sertânia-PE declamando seus poemas nas cantorias de viola,
bem como se apresentou Na Jornada Literária Portal do Sertão do SESC, em
Pesqueira-PE, e na Festa da Poesia(Aniversário dos 28 anos do Jornal de Poesia Cabeça de Rato), no
Teatro Jansen Filho , em Monteiro-PB.
Solidariedade
dez
(Jaciel
Bezerra)
Ouça isso
atentamente
Arraste a
cadeira e sente
Que agora vou
falar
Depois que
estiver sentado
Ouça com muito cuidado
O que vou
manifestar
Escute bem o
meu verso
Espalhe para o
universo
Nem precisa por
meu nome
Espalhe em
todas as redes
De água a quem
tem sede
E dê comida a
quem tem fome.
Se espelhe em
Jesus
Carregue a sua
cruz
Faça a
cidadania
Não bote arma
na mão
E não atinja o
irmão
Dê a ele uma
poesia
Não viva se
lastimando
Espante os
medos cantando
Se puder adote
um órfão
Que com certeza
lhe abranje
Faça um gesto,
doe sangue
Se desejar, doe
um órgão.
Viva veros,
faça rima,
Dê sempre a
volta por cima
E serás um
vencedor
Viva do jeito
de Deus
Que as rimas e
versos meus
Foi ele que me
enviou
Veja um deus em
cada miserável
Faça conta ao
que não se presta
Que é assim que
Deus nos testa
Nos nossos dias
de luta
Tudo isso só
depende da conduta
E do jeito de
agir de cada homem
Esquecendo a
cor, a raça, o nome
E quebrando
muralhas e paredes
Dando água a
quem tem sede
E comida a quem
tem fome.
Jaciel Bezerra
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